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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 12/10/2020

#aovivooumorto.

Voltem a ligar o Circuito: salas independentes de concertos reclamam apoio e medidas urgentes

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 12/10/2020

Casas independentes de concertos com programação musical própria de Norte a Sul do país uniram esforços para formar o Circuito, uma iniciativa que pretende salvar o roteiro da música ao vivo em Portugal.

A Casa – Oficina Os Infantes, Alma Danada, Bang Venue, Barracuda Clube de Roque, Ferro Bar, Hard Club, Maus Hábitos, Passos Manuel, Plano B, Woodstock 69 Rock Bar, Barreirinha Bar Café, Carmo 81, B. Leza, Casa do Capitão, Casa Independente, Damas, Hot Clube de Portugal, Lounge, Lux Frágil, Musicbox, RCA Club, Titanic, Valsa, Village Underground, Sociedade Harmonia Eborense, Club de Vila Real e Salão Brazil são os espaços que se juntaram à associação Circuito. Juntas, estas salas de espectáculos foram responsáveis por abrigar 7537 concertos durante o ano passado, alcançando um público combinado de 178 mil e 847 pessoas.

Em 2020, desde a entrada em cena do COVID-19, o quadro mudou bastante de figura e as normas impostas pela DGS aliadas à escassez de ajudas por parte do governo estão a levar os bares, clubes e discotecas à exaustão financeira, estando alguns deles a encerrar definitivamente por falta de condições.

Ao Público, Daniel Pires, um dos porta-vozes do Circuito, pediu: “Queremos abrir e fazer pequenos eventos, mas não nos peçam para assumirmos todos os salários e encargos só porque abrimos uma sala para fazer um concerto para 20 pessoas”. Na página oficial da organização há ainda uma lista de medidas propostas para ajudar na reactivação da rede de espectáculos musicais ao vivo, em que se reivindica um investimento nas salas do Circuito, válido até ser autorizada a retoma sustentável da atividade, ou a disponibilização de programas de apoio à criação, programação e circulação artística.

No dia 17 de Outubro, sábado, mais de 250 artistas, aliados aos restantes profissionais do espectáculo bem como ao público, vão formar filas à porta do Lux Frágil, em Lisboa, do Maus Hábitos, no Porto, do Carmo 81, em Viseu, e da Sociedade Harmonia Eborense, em Évora, como forma de protesto face ao rumo incerto que o sector atravessa. Também ao Público, Daniel Pires que esta será “uma fila ordeira, com tudo o que a Direcção-Geral da Saúde (DGS) pressupõe, separação de dois em dois metros, com máscara e cartazes.”

Na altura do anúncio, surgiu no YouTube um vídeo promocional a chamar atenções para esta causa, onde podemos ver Branko, Tristany ou Yen Sung a atirar alguns dos seus equipamentos para uma fogueira, numa dimensão em que o circuito dos concertos em Portugal já morreu. Não é este o futuro que queremos.


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