pub
[FOTOS] ©André Henriques/Deck 97
Na passada quarta feira, Maze, Mundo, Expeão, Fuse e Dj Guze conduziram os fãs de Dealema que se deslocaram ao Teatro Rivoli, no Porto, numa viagem no tempo que só parou em 2003, ano da edição do primeiro álbum da carreira do colectivo dealemático.
Como explicámos aqui, o evento contava ainda com outra filha pródiga da terra, Capicua, mas por ter contornos especiais, o concerto dos Dealema revestia-se de especial interesse. André Henriques, aka Deck97, fotógrafo, realizador e designer que há muito acompanha a carreira dos Dealema, esteve presente e documentou a noite que mais abaixo merece algumas sentidas palavras de Maze.
Quarta-feira passada foi um dia muito especial para nós: para além de estarmos a jogar em casa, numa sala mítica da cidade, a tocar para a nossa grande “família”, foi o dia em que viajámos no Expresso até 2003 e revistámos o nosso primeiro álbum, um disco cheio de significado para nós. É indescritível a sensação de cantar rimas escritas há pelo menos 13 anos, cheias de intensidade emocional, com uma carga política e com relatos sociológicos tão detalhados, e perceber que são completamente intemporais e que conseguem cruzar gerações.
Foi incrível ver caras no público que nos acompanham desde sempre a viajar na máquina do tempo às suas adolescências, mas agora acompanhados dos filhos; e ver filhos que trouxeram os pais a este concerto. No final, uma mãe comentava connosco que aquele era o primeiro concerto de Dealema da filha de 7 anos e que tinha sido o pai a fazer questão de a trazer a este “baptismo Dealmático”; ou então ver um miúdo de nome Tomás com um cartaz que dizia “O meu amor nasceu num concerto de Dealema”; ou ver o Gabriel (filho do Expeão) a acompanhar as letras durante o concerto… São estas experiências que nos preenchem e nos fazem acreditar durante todos estes anos na nossa música, perceber que nada foi em vão durante estes 20 anos, e que existe um futuro por escrever.
pub