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O Museu de Leiria prepara-se para fechar o seu ciclo expositivo de 2025 com uma homenagem a um dos gigantes da música contemporânea. Entre 6 de Dezembro e 22 de Fevereiro de 2026, a Sala do Capítulo funcionará como uma ode ao legado de Ryuichi Sakamoto (1952-2023), compositor japonês cuja obra atravessou fronteiras entre a música clássica, a electrónica e a banda sonora cinematográfica. Esta será a quarta e última homenagem do ciclo Capítulo, que já celebrou Raymond Scott, Delia Derbyshire e Tony Allen, e promete fazer o público mergulhar no universo sensorial de um artista que sempre recusou limites criativos.
A figura de Sakamoto é central para compreender a evolução da música do século XX e XXI. O comunicado do ciclo descreve-o como um espírito que cresceu “entre o caos vibrante de Tóquio e a delicadeza impressionista de Debussy”, uma dualidade que moldou o seu percurso. Nos Yellow Magic Orchestra, revolucionou a música electrónica, criando uma “ponte entre Oriente e Ocidente que marcou o techno, o synth-pop e a linguagem sonora dos videojogos.” Paralelamente, a sua veia cinematográfica, patente em obras como Merry Christmas, Mr. Lawrence (onde também participou enquanto actor, tendo contracenado ao lado David Bowie) e The Last Emperor (que lhe valeu um Óscar, um Globo de Ouro e um Grammy), revelou a uma capacidade rara de traduzir a fragilidade humana em composições profundamente emotivas.
Tal como nas edições passadas do Capítulo, vão ainda ser desafiados um par de entidades criativas para dar vida a obras inéditas inspiradas pelo mestre japonês. O artista visual Paulo Fuentez foi convidado a conceber uma hipotética capa de disco que capture o espírito de Sakamoto, enquanto que a Casota Collective vai criar um espectáculo que imagina como soaria um álbum de Sakamoto na actualidade, subindo ao palco para a sua apresentação ao vivo no dia 14 de Dezembro.
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