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35 profissionais dos sectores da cultura e do espectáculo uniram esforços para dar vida à União Negra das Artes.
Na incubadora desde Abril último, foi no fim-de-semana passado que a iniciativa activou os seus canais digitais — website, Facebook e Instagram — e consumou, assim, a sua presença no panorama nacional. As actrizes Ana Sofia Martins, Cláudia Semedo ou Cleo Tavares, os cineastas David Amado e Welket Bungué e artistas como Isabél Zuaa, Di Cândido, Paola Rodrigues Alves ou Piny fazem parte da equipa da UNA.
Numa primeira fase, a associação quer fazer um mapeamento da comunidade negra a operar no sector artístico-cultural — podem ajudá-los através de um contacto via e-mail (automapeamento@uniaonegradasartes.pt) para que vos seja dado um formulário para preencher. Após a recolha e o tratamento das informações angariadas, entram em marcha os planos para “tornar acessíveis dados sobre artistas e pessoas negras que trabalham na cultura, de forma a gerar mais visibilidade, representatividade e oportunidades de emprego; criar pontes e contactos directos entre artistas, trabalhadores, estruturas e programadores culturais; afirmar, com base em dados estatísticos, a necessidade de políticas de reparação e medidas de acção afirmativa, no sector cultural português.”
A União Negra das Artes informa que surgiu “no âmbito da luta anti-racista e da afirmação de negritude em Portugal, com ênfase nas diversas manifestações e debates recentes em torno da reivindicação de direitos humanos, da descolonização do conhecimento e da valorização do legado artístico-cultural protagonizado por pessoas negras”. A uma só voz vai-se reivindicar a “promoção, elevação e fortalecimento da representatividade negra no campo artístico português, assim como o reconhecimento e a valorização do património imaterial da população negra em Portugal.”
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