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Numa rara entrevista dada à Comunidade Cultura e Arte, Allen Halloween abriu o jogo. Depois de uma série de perguntas que o fizeram recuar até 2006, ao disco de estreia Projecto Mary Witch, e às suas influências musicais, o autor de Híbrido falou sobre o tão aguardado Unplugueto e revelou ter mais dois projectos no forno: uma exposição com Vhils e um livro em nome próprio.
No final da entrevista, o rapper e produtor de Odivelas revelou alguns pormenores sobre o que vem aí:
“Há um projecto de um livro a decorrer onde vão estar todas as minhas letras e alguns pensamentos compilados. Depois, há outro projecto com o Vhils. Estamos a pensar fazer uma exposição sobre criminosos. Muitos daqueles que foram considerados criminosos no seu tempo, hoje em dia são considerados heróis. O próprio Jesus Cristo, o Amílcar Cabral, o Che Guevara… Nós nunca vamos saber bem algumas verdades, mas a exposição é para mostrar essa dicotomia. Os valores de bem e mal mudam consoante os tempos, os momentos e os poderes – da época e das épocas que os interpretam mais tarde.”
Sobre o álbum “acústico” — alguns temas já estão disponíveis no seu canal de YouTube –, Halloween recorreu a algo dito por Peter Tosh: “Não devemos fazer música mortal”. E utiliza até um exemplo da moda para nos fazer perceber a longevidade que quer dar a Unplugueto: “Alguém que usasse há cem anos uma camisa branca e uma calça preta, hoje não estaria fora de moda. Mas aqueles que estavam no topo da moda há cem anos, hoje iam destoar.”
No início deste mês, Allen Halloween deu a conhecer mais um tema solto, “Meu Querubim”.
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