Discos Perdidos é um documentário português, de natureza autobiográfica, que mergulha na juventude do escritor e argumentista Nuno Costa Santos através das suas memórias musicais. Gravado antes da pandemia, só se estreia agora nas salas comerciais. O filme pode ser visto esta quarta-feira, 18 de Dezembro, pelas 21h45, no Cinema City de Alvalade, em Lisboa. Para assistir ao filme noutro dia, consulta o site da distribuidora Cinema City para mais informações.
Realizado por Tiago P. de Carvalho, Discos Perdidos acompanha Nuno Costa Santos quando este regressa à sua ilha de São Miguel para reencontrar amigos e velhos conhecidos. Entre as paisagens naturais e culturais do arquipélago atlântico, o pretexto é a busca literal pela sua antiga colecção de vinil, perdida nos confins da ilha, possivelmente em arrecadações ou sótãos de companheiros de longa data.
Porém, como dita o cliché, o que interessa é a viagem e não tanto o destino. Nuno Costa Santos está, acima de tudo, numa jornada nostálgica pela sua juventude que já não volta — pelas festas caseiras onde se ouvia rock alternativo, pelas cassetes artesanais gravadas por amigos a partir de programas de rádio, pelas descobertas de música nova e disruptiva num tempo em que o acesso era incomparavelmente mais difícil, pelos copos partilhados em noites de contracultura numa região remota e tradicional. Há espaço para momentos espontâneos e para segmentos encenados, para hortas biológicas e clubes de strip, bandas de metal e rappers pescadores, personagens reais e imaginadas.