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Publicado a: 14/07/2017

Tuxedo no SBSR: Já têm banda para o vosso baile de finalistas?

Publicado a: 14/07/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Hélder White

Chegar à Sala Tejo e encontrar apenas duas ou três pessoas significava apenas uma coisa: o concerto de Red Hot Chili Peppers ainda não tinham terminado. Cerca de 15 minutos depois, os Tuxedo, dupla composta por Mayer Hawthorne e Jake One, começavam o concerto no Palco Carlsberg com a audiência a meio gás. Mas tudo a seu tempo…

“Fux with the Tux” abriu o alinhamento e a apresentação ficou logo feita com o teclista, guitarrista e Gavin Turek a acompanhar o duo destacado na frente. O funk começou a tomar conta do público e o calor começou a aumentar enquanto a sala enchia. Seguiram-se “The Right Time”, “Second Time Around” e “Designer Drug”, tema original de Hawthorne, uma viagem embrulhada entre discos enquanto dupla e trabalho a solo.

 


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Tuxedo e Tuxedo II mereceram destaque natural, mas a maior surpresa acabou por ser “Stretch My Limo”, versão de “Father Stretch My Hands Pt.1” de Kanye West. Sabe-se que o duo é amante inveterado de hip hop e a homenagem não terminou aí: “I Get Around”, música de 2Pac, também mereceu um tratamento especial para se integrar melhor na sala – que teve direito a bola de espelhos no centro, projectando rodopiantes bolinhas de luz no chão que pareciam fazer toda a gente flutuar, tal como num sonho. Ou se calhar era da música…

“Quem é que viu Mayer Hawthorne no Super Bock Super Rock?”, perguntou a dada altura o próprio. “Quem é que está pela primeira vez a ver Tuxedo ao vivo?”, atirou logo de seguida. A interacção com o público foi feita sem grandes discursos, mas sempre com o olhar sedutor de Mayer Hawthorne a “abordar” a frontline do concerto. “Take a Picture” foi o momento com um pé no passado, musicalmente, e com outro pé no futuro, tematicamente. O frontman de iPhone na mão a fazer a ponte entre épocas, com pose coreografada a preceito.

 


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“I Want To Thank You”, cover de Alicia Myers com Gavin Turek a assumir a dianteira, sozinha, na companhia do teclista e guitarrista, desaguou em “Thank You”, original dos Tuxedo, fechando o alinhamento com “Do It”, um dos seus maiores singles e uma peça ímpar guiada pelos sintetizadores e a voz açucarada de Mayer. No final, um gesto mais rock and roll, a remeter para os tempos em que os The Who despedaçavam guitarras em palco: Jake One atirou ao ar, e destruiu, a sua keytar, transformando-a num artefacto para o futuro museu SBSR.

Terminamos com uma proposta simples para a cultura nacional: os Tuxedo como banda oficial de todos os bailes de finalistas daqui para a frente. Vamos a isso? É que assim até se fica com vontade de regressar à escola.

 


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