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Está prestes a chegar ao fim uma batalha jurídica com mais de 20 anos: o Tribunal Europeu deu razão aos Kraftwerk num processo em que o grupo protestou pela utilização indevida de um sample de uma música sua.
Foi em 1997 que os produtores Moses Pelham e Martin Haas samplaram dois segundos da secção de percussão inicial de “Metall auf Metall”, transformando esse excerto na batida que guia “Nur Mir”, uma faixa interpretada pela MC alemã Sabrina Setlur. Ralf Hütter e Florian Schneider-Esleben, membros-fundadores dos pioneiros Kraftwerk, reclamaram não ter sido pedida qualquer permissão para a utilização do sample em questão, alegando danos ao seu património musical.
O caso, que tem percorrido vários tribunais, chegou recentemente ao Tribunal Europeu de Justiça, que declarou que o sample, por mais curto que seja, deverá ser tido em conta como uma reprodução da obra original. A disputa segue agora para o Tribunal Federal da Alemanha, que ditará o veredicto final.
Para o Tribunal Europeu, apenas a utilização de samples que estejam “modificados e irreconhecíveis ao ouvido” conta como uma não-reprodução da canção que foi samplada. O resultado deste caso poderá ditar a criação de uma lei que visa proteger os criadores.
Os Kraftwerk regressam hoje a Portugal, para tocar no Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais, no âmbito do EDP Cool Jazz, depois de uma passagem pelo NEOPOP, em 2017.
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