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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 20/06/2022

Segue o baile (em dois actos) pelo território português.

Tomasa Del Real: “O dinheiro é o que me motiva a fazer tudo”

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 20/06/2022

Esta semana, as rimas e batidas fervilhantes do neoperreo voltam a Portugal. Uma das principais caras deste “tipo de música que se pode ‘perrear’/bailar”, Tomasa Del Real, regressa ao nosso país para uma dupla passagem: a primeira acontece no dia 23 no B.Leza, em Lisboa, e a segunda tem lugar no festival Impulso, no dia 24, nas Caldas da Rainha.

O brotar da carreira da artista chilena foi bastante abrupto, e a Internet foi a principal culpada. A tatuadora transformada em cantora viu-se a passar menos tempo no estúdio de volta de tatuagens, algo que a obrigava a ter uma rotina fixa, para se dedicar à estimulante vida da criação de canções. A vida de Valeria, o seu verdadeiro nome, nunca mais voltou a ser a mesma desde que a música passou a ser a sua principal actividade. No entanto, em 2017, a artista confessava, em entrevista ao Observador, a vontade de voltar à sua cidade — nos entretantos mudou-se para o México — e foram “muitas as coisas” que aconteceram e que fizeram com que não tivesse ainda voltado. 

Sendo o neoperreo uma ode à liberdade, é possível constatar que o título de Tomasa como uma das suas precursoras mantém-se inabalável. A própria confessa, em conversa com o Rimas e Batidas, que não precisa de fazer nada para o manter: “Continuo a ser e a fazer o mesmo de sempre”. O movimento continua a conquistar ouvintes e bailarinos pela Europa fora e, para Tomasa, é actualmente “mais aceite” do que antigamente. São nomes como ela, Ms Nina ou até Esa Mi Pau que têm dado a cara pelo género, levando-o por esse mundo fora.  



Ainda que esta seja a sua zona de conforto, Tomasa não se restringe a um só estilo. “Gosto de fazer música dançável, mas também gosto de outras coisas”, e isso reflecte-se na maneira como reage àquilo que a vida lhe mete à frente. Em Outubro de 2021, Valeria foi convidada para desfilar pela marca Gypsy Sport e para a artista esta foi uma “oportunidade” bem aproveitada. 

“O dinheiro é o que me motiva a fazer tudo o que faço”, disse-nos ainda, de uma forma brutalmente honesta, quando questionada sobre o que a motiva a explorar e a criar. E revelou também já ter um novo disco preparado: “há já muito tempo que quero lançá-lo. Chama-se Revege P*rn.”

Uma vez que as colaborações são algo a que Tomasa já nos habituou, é de esperar que também encontremos vários nomes creditados no seu próximo lançamento. Para ela, as colaborações são naturais: “nunca me senti restringida na minha música. Toda a gente com quem trabalho traz algo [para a mesa]”. 


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