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Publicado a: 31/07/2016

Timor YSF: “Quem mais me influenciou foi o Tupac Shakur”

Publicado a: 31/07/2016

[TEXTO] Rui Miguel Abreu [FOTO] Direitos Reservados

 

Foi, desde sempre, um dos grandes temas universais do rap: o sonho de superação, de ultrapassagem dos obstáculos. Por isso, o novo tema de Timor YSF, “Quantos ki sacrificado”, insere-se numa longa e nobre tradição. É igualmente um discurso motivacional, um empurrão na direcção do lado certo da força, expresso em criolo, cultura rap cada vez mais forte nas ruas do nosso país.

O Rimas e Batidas trocou algumas ideias com Timor YSF (Young Smoke Family) que desta forma se apresenta, apontando alguns marcos do seu percurso até ao presente momento em que conta no seu novo vídeo com um “cameo” da nova estrela do Bayern e herói da selecção nacional, Renato Sanches.

Podes começar por nos apresentar o teu novo tema? A letra fala de sacrifícios, mas também de fé, certo?

Sim. O tema fala de muitos talentos sacrificados, do tipo perdidos no bairro, por falta de apoio ou por motivos de más companhias. É um incentivo para todos aqueles que sonham, para que não deixem que os seus sonhos voem por motivo algum.

O Renato Sanches tem uma pequena participação no vídeo: como é que aconteceu?

A participação do Renato Sanches foi derivada de amizades que tenho no bairro social onde ele cresceu e que temos em comum. Já o tinha visto, mas quando era mais novo, acompanhado de grandes amigos meus e foi isso que fez que contasse com a presença dele no videoclip.


timor YSF


Queres dar-nos conta do teu percurso até aqui?

Comecei com amigos de infância, no Bairro da Horta Nova, onde cresci. Mais tarde vim a conhecer o Puto G, que reside no Bairro do Alto da Cova da Moura, gravámos a nossa primeira música juntos, e que teve o seu reconhecimento. Mais tarde vim a conhecer o Ridell, o Niko, Danny G. Formámos um grupo depois de eu vir a residir na Cova da Moura e com este grupo chegámos a fazer vários concertos e tivemos mesmo a oportunidade de conhecer países como a Bélgica, França, entre outros.

O rap criolo está com cada vez mais força. Pode-se falar de um movimento?

Sim, pode-se dizer que o rap criolo tem tido grandes evoluções em termos de qualidade, oportunidade, apoio e reconhecimento. Mas o rap criolo tem muito mais para mostrar ao mundo, melhorou bastante na parte de apoio e adesão. Estamos num bom caminho, nós e todos os que fazem com que o rap criolo progrida.

Quem são as tuas maiores referências?

Os cantores que mais me influenciam no trap são o Niska, Alonzo, SCH – isto na parte do trap, porque sem ser no estilo trap, o cantor que mais me influencia em todos os estilos é o Tupac Shakur.


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