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Promovido pela PAUZA, “Bom Porto” reúne uma série de artistas do underground portuense, com $TAG ONE à cabeça de um evento que decorre dia 16 de Setembro no Hard Club. Os bilhetes já estão à venda, mas também podem ser comprados à porta do espaço.
Num espectáculo que promete ser mais do que um seguimento de concertos, o rapper do Porto convida Tostaz e N.O.B. (aka Negro o Bêbado) a chegarem-se à frente de microfone em riste, com Barrako 27 enquanto host (autêntico MC na sua função original) e DJ Rekall ao comando dos decks. O objectivo, segundo o cabeça-de-cartaz do certame — que tem um novo álbum em desenvolvimento, apontado para o próximo ano, mas com matéria pronta a revelar durante a sua actuação —, é enaltecer os valores do underground feito a Norte e engrandecer o rap da Invicta num espectáculo que não se resume a “apenas rimas e instrumentais”, como nos adiantou o próprio $TAG ONE em resposta a uma série de perguntas feitas em antecipação desta celebração.
Estás a preparar um álbum novo para sair no próximo ano, mas tens já um concerto em nome próprio daqui a dias. Este “Bom Porto” foi ideia e iniciativa tuas?
Tudo começou quando o Né, aka Barrako 27, me sugeriu organizar uma festa no Hard Club em que a temática fosse os artistas da zona oriente do Porto. Eu tomei a iniciativa e comecei a desenhar o evento, entretanto nasceu a ideia do “Bom Porto”, uma mensagem de trazer o hip hop a bom porto, desde as zonas dormitório até à baixa da cidade.
Como é que a PAUZA entra nesta equação? Há a possibilidade de este ser o primeiro de uma série de concertos deste género?
A PAUZA é um projecto em constante mutação, eu costumo dizer que é um projecto à maneira portuguesa. O conceito é ser uma produtora independente, a começar em produção executiva de artistas, marcas e eventos. A PAUZA entra com o objetivo de este evento ter uma plataforma que o sustente e o enalteça, portanto, a possibilidade é enorme. Posso avançar que um segundo evento já está a ser planeado.
Qual foi o critério de selecção dos convidados que vais levar contigo para o palco?
Os convidados surgiram com a temática-base de serem artistas da cercania do Porto, mais precisamente da parte oriental: o N.O.B. (Negro o Bêbado), por ser uma figura do Bairro do Cerco com uma longa história no rap portuense, mentor dos grupos C44, Cara ou Coroa, OUPA Cerco. O Tostaz, um rapper pertencente ao mítico grupo UNA CREW, com muitos anos de estrada — e não faltam paredes para testemunhar isso. E o DJ Rekall, com uma sabedoria na ponta dos dedos, que tem colaborado com ambos os artistas, pelo que fazia todo sentido ser ele a cobrir o evento nos pratos. Tudo foi orgânico e, claro, com uma preocupação de elevação ao que é mais puro e de culto no rap underground do Porto.
Sendo um evento mais ligado ao underground do rap portuense, há a possibilidade de aparecer em palco gente desse movimento além da que está prevista no cartaz? O que é que podes adiantar sobre os moldes do concerto?
Posso garantir que todos os concertos vão ter convidados especiais que não estão referidos no cartaz ou na comunicação do evento, vai ser uma reunião interessante. O evento vai ser dividido em cinco actos, onde começamos com DJ set, de seguida os três concertos, e termina outra vez com DJ set. Todos os concertos vão ter teatralidade e cinética, todos estamos a desenhar um espectáculo que não será apenas rimas e instrumentais. Aconselho vivamente a toda gente a aparecer dia 16 de Setembro pelas 20 horas no Hard Club, para assistirem ao “Bom Porto” e disfrutarem de um bom serão de hip hop.
Da tua quota-parte, a actuação vai-se focar mais nos teus últimos projectos, ou já vais ter coisas novas para apresentar?
Últimos projectos e vou apresentar algum trabalho do meu novo álbum.
O que é que podemos esperar deste teu novo álbum? Vem aí um longa-duração?
Podem esperar um projecto com um universo ponderado na minha infância, adolescência e entrada na fase adulta. O meu crescer. Sim, vai ser projecto de longa-duração.
O teu registo não é propriamente estanque e já te ouvimos a explorar caminhos sonoros menos quadrados. Para onde é que estás a ir na criação deste disco?
Todo o disco vai ter instrumentais e sonoridades diversificadas. Vai ser raro ter mais de dois temas com o mesmo tipo de beat ou BPM.
Vai ser um trabalho predominantemente solitário, ou podemos esperar algumas colaborações?
Podem esperar uma colaboração apenas, uma participação sábia e cautelosa.
Depois deste concerto no Hard Club, que planos tens a nível da divulgação do novo projecto, mas também em termos de aparições noutros palcos?
Pondero trabalhar a plataforma de $TAG ONE em todos os formatos e espaços para fortalecer a minha base de fãs e organizar a minha carreira. Conceber uma nova comunicação, criar produtos associados ao $TAG ONE, lançar videoclipes para promover o projecto. Aparições noutros palcos já está programado e confirmado, e a apresentação do álbum também está a ser planeada com uma temática mais conceptual da arte de como ela é exibida, principalmente no discurso.
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