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Fotografia: Bianca Silva
Publicado a: 17/06/2025

Quase duas horas de música no novo disco da dupla da Quinta do Mocho.

Studio Bros sobre Control: “Sabíamos que este álbum seria um passo em frente: mais extenso e ambicioso”

Fotografia: Bianca Silva
Publicado a: 17/06/2025

Control é o segundo álbum dos Studio Bros. Três anos depois de Different, a dupla da Quinta do Mocho formada por Famifox e Nunex — que partiu do universo da batida para explorar um afrohouse muitas vezes progressivo — apostou num longo disco de 19 faixas e quase duas horas de música.

A eles somaram uma série de participações, entre produtores e vocalistas, convocando Lura, Soluna, LiloCox, Magic Beatz, Afrozone, Doddy, ZAMA, Sila Lua, Muchi Melo, Monde, Toshi, Táyra, Cloé, Rona Ray, Ray T e Audius para participarem em diversas faixas. Em declarações ao Rimas e Batidas, falam sobre o novo disco e na evolução em relação ao trabalho anterior.



O que é que queriam ter no álbum Control em relação ao Different? Que caminhos musicais novos queriam explorar? Já sabiam à partida que seria um disco mais longo?

Com o Control, quisemos aprofundar aquilo que já tínhamos começado a explorar no álbum anterior, o Different, mas com mais foco, maturidade e domínio criativo. Desde o início, sabíamos que este álbum seria um passo em frente — mais extenso, mais ambicioso. Não se tratava apenas de fazer mais faixas, mas sim de construir uma experiência mais rica e pensada ao detalhe. Queríamos explorar novas sonoridades, arranjos mais trabalhados, e assumir uma produção mais sofisticada, sem perder a energia e espontaneidade que nos caracteriza.

Quais são as principais novidades, na vossa perspectiva, que têm neste novo disco?

A principal novidade é mesmo o nível de precisão e atenção ao pormenor que colocámos em cada faixa. Com o Control há uma clara evolução na forma como construímos as músicas; mais camadas, mais cuidado na composição, e uma direcção artística mais definida. Há também uma maior intenção em criar uma narrativa sonora coesa, onde cada música contribui para um todo com identidade própria.

Ficaram muitas faixas de fora?

Sim, como em qualquer processo criativo, houve várias faixas que acabaram por ficar de fora. Mas foi uma escolha consciente — queríamos que o álbum tivesse um fio condutor claro, sem excessos. Cada tema que ficou acabou por não se alinhar com o sentimento ou com a direcção que procurávamos para o Control.

Como escolheram as colaborações? Foram percebendo quem fazia sentido entrar em cada faixa?

As colaborações surgiram de forma bastante orgânica. Fomos percebendo, faixa a faixa, quem é que fazia sentido convidar, não só pela sonoridade mas também pela energia de cada artista. Procurámos criar conexões reais com os artistas, para garantir que cada participação elevava o tema e se integrava naturalmente no universo do Control.

Onde é que esperam que este disco vos faça chegar?

Esperamos que o Control nos leve mais longe, tanto em termos de alcance como de reconhecimento artístico. Este disco representa uma afirmação do nosso som e da nossa identidade enquanto Studio Bros. Queremos que quem nos ouve perceba essa evolução e sinta que estamos prontos para chegar a novos públicos, novos palcos e novos desafios. No fundo, esperamos que o Control seja a ponte para tudo aquilo que ainda temos por construir.


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