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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 12/05/2025

Na antevisão da 19ª edição do grande evento de cultura contemporânea.

Spiritualized, Três Tristes Tigres, Aunty Rayzor & DJ Toby, Use Knife ou Fidju Kitxora no Serralves em Festa’25

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 12/05/2025

Na edição passada foram mais de 275 mil visitantes naquele que é um dos maiores eventos — e gratuitos — de expressão na cultura contemporânea europeia.  O Serralves em Festa estará de volta aos diferentes espaços do Parque de Serralves nos dias 30, 31 de Maio e 1 de Junho, em 50 horas consecutivas de programação com mais de 500 artistas. Entre exposições, dança, teatro de rua, circo contemporâneo, sessões de cinema e, claro, muita música.

Na arte de esculpir sons, que tanto nos interessa, podem contar com 50 actuações, entre concertos e DJ sets, dentro das práticas que navegam as ondas da vanguarda e da contemporaneidade, dando lugar a uma diversidade de projectos exploratórios e laboratoriais. Cabe o lugar de destaque aos Spiritualized no grande palco do prado do Parque. Será tempo de space-rock experimental a cargo da banda que Jason “Spaceman” Pierce (dos Spaceman 3) formou em 1990, numa actuação de pendor orquestral, com dez músicos em palco e muito em torno do último álbum Everything Was Beautiful. Outros dos pontos altos do cartaz assenta logo na noite de arranque, já que estarão de volta os Três Tristes Tigres à Festa (estiveram na primeira edição) e aos álbuns, com Arca, onde se abordam canções sobre migrações e turbulências, em que o amor é uma possibilidade sempre presente.

De notar também a diversidade cultural através de artistas vindos do Brasil, Egipto, Tailândia, Argentina, Gana, Síria e outros pontos do globo, como referiu em apresentação Pedro Rocha como programador da música que se vai ver, ouvir e dançar. Entre os representantes dessa pluralidade estão Waclaw Zempil & Saagara, de quem se espera uma fusão das electrónicas ocidentais com as ancestrais musicalidades vindas da percussão carnática indiana, ou os Use Knife, que trazem consigo a electrónica analógica aliada aos arabescos sons percutidos para o último dia.

Para os momentos mais dançáveis são convocados Aunty Rayzor e DJ Tobzy, que inundarão a primeira noite com as mais recentes tendências nigerianas. Haverá também um super-grupo da Príncipe Discos formado pelos DJs Danifox, Nigga Fox e Firmeza. Contem ainda com os brasileiros Teto Preto, que se situam entre a festa e o activismo político, ou Fidju Kitxora, que nos levará a mergulhar no calor do funaná sincopado com kuduro e o afro house. 

Nos campos da música experimental e improvisada estarão presentes o colectivo feminino Lantana, a desconstrução acid e rave dos catalães Evo, as tecnologias sonoras e visuais do belga Floris Vanhoof ou a airosa combinação de voz e flautas de Clara Saleiro e Mariana Dionísio.

O programa estende-se ao grande caldeirão das musicalidades de hoje, dando palco a Joana Sá, LANA GASPARØTTI, The Heliocentrics, Meibi, Burnt Friedman & Drumming GP, Echet!, Ritmografias, Jules Reidy, 800 Gondomar, @c, Aires, Neco Novelas & Simão Costa, Escola do Rock de Paredes de Coura, Beatbombers, Zancudo Berraco, Troll’s Toy e Aprendizes de Fazedores, entre muitos mais.

O cartaz completo pode ser consultado na página do evento, numa dinâmica que pede muita estamina e mente aberta para se acompanhar e viver esta Festa, fazendo justiça à expressão popular que lhe dá nome — que é muitíssimo distinta do populismo, como fazia referência Philippe Vergne, director do Museu de Arte Contemporânea. Uma ideia de encontro e diversidade, onde o circo é festa e o museu se apresenta como “safe place for unsafe ideas”, como rematou em apresentação do programa.


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