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Disposofónicos, compilação com carimbo editorial da Sonoscopia, associação e colectivo dedicado à música experimental e à exploração e estudo do som, foi lançada no final do passado mês de Abril . A também produtora de eventos do Porto foi criada em 2011 e publica música, realiza acções pedagógicas a nível nacional e internacional e apoia a criação dos que se motivam pela pesquisa musical e acústica.
Este Disposofónicos engloba composições de Srosh Ensemble, Phobos, Dysfunctional Robotic Orchestra, mas também muito trabalho de field recording por parte de vários membros do colectivo. Ao longo de várias horas podemos ouvir máquinas, pessoas, sinos e outros instrumentos acústicos, animais, sintetizadores e o quotidiano. Podia ser um tratado, um manifesto do som. Talvez, ainda assim, seja mais adequado apontar para “coleccionismo sónico”. Coleccionar os sons pode ser o mote desta compilação, mas é também um cartão de visita para quem não conhece o colectivo portuense. Um objecto de estudo para fãs destes universos sonoros, ou ainda uma boa introdução para os curiosos e novatos da música experimental.
A massiva dimensão de Disposofónicos não está só na diversidade de elementos e tipologias sonoras que a constitui, mas também no seu tamanho físico. Quatro CDs, um vinil e um livro de 120 páginas a acompanhar, aglutinando vários anos de trabalho da Sonoscopia. Como grupo interdisciplinar, sempre com a intenção de cruzar valências, é natural a realização desta compilação com uma componente fotográfica muito trabalhada no livro – inclusive com a participação duma fotógrafa que anda sempre ligada à música: Vera Marmelo.
Além desta caixa, a Sonoscopia organizou ainda uma exposição, também intitulada Disposofónicos: Acumuladores de Objetos Sonantes, aberta até 13 de Julho, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
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