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Publicado a: 21/07/2018

Slow J no SBSR’18: um hat-trick histórico

Publicado a: 21/07/2018

[TEXTO] Alexandra Oliveira Matos [FOTOS] Hélder White

Entrámos a correr na Altice Arena — outras tarefas jornalísticas retiveram-nos e, acreditem, temos novidades para contar em breve –, mas chegámos a tempo de ver Richie Campbell subir ao palco e enlouquecer a plateia com “Water”. Para trás já tinha ficado grande parte de The Art of Slowing Down. “Às vezes” com Nerve, “Pagar as Contas” sem GSon, que está com Wet Bed Gang na Madeira, a africanidade de “Casa” ou a força da guitarra de  “Arte”.

Não deixámos de reparar nos upgrades do decor do palco, com uns painéis que colocavam Fred Ferreira e Francis Dale em contra luz. E, claro, constatámos que existiam novas roupagens para as músicas que já ouvimos há algum tempo e Slow mais agarrado, sem falhas, à guitarra — contas feitas, já vimos João Batista Coelho mais de uma mão cheia de vezes no último ano.

 



Com um suspiro sempre que acabava uma música e ouvia o público efusivo, o músico pediu para “cumprir um sonho” e mostrar a música que fez em estúdio com alguém que viu actuar no primeiro festival em que esteve na sua vida. Carlão, que completou esta sexta-feira 43 anos de vida, entrou com a sua voz grave e debitou acutilantemente as palavras com a companhia de “Jota Lento” — e bem — na guitarra. “Repetido” é o nome da música que nos faz repetir as memórias de uns Da Weasel mais rock e confirmar que Carlos Nobre está a amadurecer como o  vinho do Porto.

Slow J quis ainda lembrar que não tem estado deitado à sombra da bananeira de um álbum de sucesso e deu espaço para que as suas produções brilhassem com as líricas de Papillon e os refrões felizes de Plutónio. Sucesso “Iminente” com um público contente pela oportunidade de mostrar os melhores movimentos de dança. No encore ouvimos “Nunca Pares”. Mesmo com alguns problemas a nível rítmico, foi um final bonito para o concerto do rapper que correu três palcos em três anos e sempre em crescendo. Fez-se história na Altice Arena em noite de chegada à primeira divisão nacional de um “jogador” a que já ninguém regateia o talento.

 


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