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Por mais “clichézóide” que soe, a primeira sexta-feira de Maio veio munida de rimas para todos os gostos. E mais alguns.
Ao rap veterano de Royce Da 5’9″ e Styles P juntamos o trap sombrio de Desiigner ou BlocBoy JB. A contrastar com a festividade dos Rae Sremmurd, é Scarlxrd quem dá voz às nossas dores. Se procuram rimas de luxo, o caminho a seguir é o de Chris Orrick — fka Red Pill — que editou hoje um novo LP. E não, as batidas não ficaram esquecidas: Jon Hopkins regressa à Domino para mais um interessante capítulo da produção musical de Terras de Sua Majestade.
[Royce Da 5’9”] Book of Ryan
Royce quis apimentar a edição do seu novo álbum com o lançamento de mais um single: “Caterpillar” conta com a participação de Eminem e é, até ao momento, o verso mais corrosivo de 2018.
Logic também deu um ar da sua graça na remistura de “Caterpillar”, aliando-se a uma turma de peso que aceitou o convite de Royce para colaborar no seu disco. Book of Ryan levou o carimbo da eOne, a editora independente com mais hits de sempre na tabela da Billboard. T-Pain, Pusha T, Jadakiss, J. Cole ou Fabolous também assinam versos para o álbum, que contém produções de Mr. Porter, Kew Wane, Boi-1da, Cool & Dre ou DJ Khalil.
[Desiigner] L.O.D.
Sem aviso prévio, o rapper recorreu ao Instagram para dar a noticia que L.O.D. estava prestes a sair, apenas a algumas horas de distância do lançamento para as plataformas digitais.
Em vésperas da sua primeira visita a Portugal — Desiigner tem o dia 10 de Agosto marcado na agenda para se apresentar no MEO Sudoeste — há sete novos temas do rapper para decorar, tarefa fundamental para aqueles que o querem acompanhar nas letras que se vão ouvir na Zambujeira do Mar.
Além da co-produção de Mike Dean em quase todo o alinhamento de L.O.D., Ronny J ou Sean Garrett são alguns dos arquitectos por detrás da estética do EP.
[Jon Hopkins] Singularity
Jonathan Julian Hopkins volta a editar um álbum pela Domino. Chegou hoje o sucessor de Immunity, composto por nove novas composições do britânico, que se encontrava afastado dos LPs desde 2013.
Jon Hopkins andava a anunciar a chegada de Singularity através de singles que surgiram na sua página do YouTube — “Everything Connected”, a mais recente amostra, chegou-nos no dia em que Portugal comemorou a Liberdade. À semelhança de “Emerald Rush”, o primeiro avanço, o tema foi “cortado” para corresponder parâmetros exigidos pelo mercado. Em Singularity podemos desfrutar de mais minutos à boleia das duas faixas.
[Rae Sremmurd] SR3MM
Discos duplos são coisa do passado. Os Rae Sremmurd apostaram na tripla para o seu terceiro registo de longa-duração e convidaram vários nomes de peso para preencher estas quase duas horas de música nova. Travis Scott, Future, Pharrell Williams, The Weeknd, Juicy J ou Young Thug fazem parte da elite musical presente em SR3MM. O primeiro terço do álbum é assinado em grupo, enquanto os restantes dois funcionam como um projecto a solo de Swae Lee e Slim Jxmmi.
Ao todo são 27 faixas compiladas pela dupla e editadas através da Eardruma, de Mike WiLL Made-It, ele que assegurou a grande maioria da produção do disco. Zaytoven, Metro Boomin, 30Roc, Bizness Boi ou TM88 completam a ficha técnica das batidas.
[Scarlxrd] DXXM
Marius Listhrop é o jovem da máscara. O britânico tem trilhado um percurso bastante singular, unindo os universos do trap e da bass music ao do rapcore. E nem guitarras carregadas de distorção faltam em DXXM, aquele que é o seu sexto longa-duração num ainda curto percurso. Sem quaisquer features assinaladas no disco, é Muppy quem assina a grande maioria das produções — Ronny J e do próprio Scarlxrd também contribuem para os instrumentais.
[Styles P] G-Host
O nome histórico deste lista. Styles P é um dos produtos do liricismo nova-iorquino da década de 90, membro dos The LOX, trio de ataque em que dividia as rimas com Jadakiss e Sheek Louch — Filthy America… It’s Beautiful e #4NoReAsOn foram os últimos discos do grupo que se mantém no activo há mais de 30 anos.
Styles P volta aos projectos a solo com G-Host, o sucessor de A Wise Guy and a Wise Guy, de 2015, e que surge após o rapper ter colaborado com Talib Kweli e Berner em dois LPs diferentes. Naquele que é o seu nono álbum a solo, Styles P é auxiliado por Dyce Payne, Nino Man ou Kody, entregando a responsabilidade dos instrumentais nas mãos de Jimmy Dukes, Poobs ou Scram Jones.
[Chris Orrick] Portraits
Anteriormente conhecido como Red Pill, o rapper de Detroit é um dos fieis estudiosos dos manuais de boas práticas do MCing, bem como um seguidor confesso das artes tradicionais do beatmaking, que gera batidas arquitectadas por cortes e colagens de samples de música negra obscura. Portraits é o seu novo disco pela Mello Music Group e sucede a Instinctive Drowning, lançado em 2016.
Para a concepção do seu novo álbum, Chris Orrick uniu-se com os melhores do seu campeonato, o tal art rap de contornos jazz e soul que é aposta frequente da MMG. Fashawn e Verbal Kent colaboram nas rimas e, nos beats, há nomes igualmente interessantes como L’Orange, Calvin Valentine, Apollo Brown ou até mesmo o francês Onra.
[BlocBoy JB] Simi
Alicerçada na viciante “Look Alive”, a popularidade de BlocBoy JB disparou a seguir à colaboração com Drake. “Nem parecia real. Parecia um sonho”, confessou o rapper à The FADER. “Look Alive” aconteceu depois de uma troca de mensagens entre os dois artistas via Instagram, e que acabou por culminar no tema que soma, neste momento, mais de 100 milhões de visualizações.
Simi é a nova mixtape de BlocBoy JB. Além de Drizzy, o projecto também conta com as participações de Lil Pump, 21 Savage, YG e Moneybagg Yo.