[FOTO] Jeremy Deputat
Armas no chão e canetas ao alto. Esta sexta-feira farta, dia 22 de Junho, é feita de projectos que, à sua maneira, proclamam uma visão muito própria de criatividade e individualidade, começando pelo exército underground de Westside Gunn e passando pela frescura de Freddie Gibs e IAMDDB, a liberdade jazz de Kamasi Washington e o pandemónio dos Death Grips.
[Westside Gunn] Supreme Blientele
O rapper da Griselda Records (e “afilhado” de Eminem) sobe a fasquia no seu novo disco, Supreme Blientele, título que homenageia, obviamente, Supreme Clientele, de Ghostface Killah. Anderson .Paak e Roc Marciano, Busta Rhymes e The Alchemist, Elzhi e Conway, Jadakiss e Benny, 9th Wonder e Pete Rock, Daringer e Harry Fraud nos créditos. Surreal.
[Freddie Gibbs] Freddie
Sem grande promoção, o MC de Indiana entregou um novo projecto, Freddie. Num tom declaradamente jocoso, Gibbs inspirou-se na capa de Teddy, o terceiro álbum do crooner Tendy Pendergrass. No entanto, as semelhanças ficam por aí. O autor de You Only Live 2wice rima em instrumentais trap com a estoicidade que lhe é reconhecida. Um excelente aperitivo antes de recebermos o segundo volume de Piñata…
[Kamasi Washington] Heaven and Earth
Parte da fervorosa bolha criativa de Los Angeles, Kamasi Washington tem uma das tarefas mais hercúleas em mãos: levar o jazz para um público mainstream que, neste momento, procura outras linguagens musicais. E, à sua escala, tem-lo feito sem a ajuda de “amigos” como Kendrick Lamar, Snoop Dogg, John Legend, Thundercat, Run The Jewels, Ibeyi ou Flying Lotus. Importante.
[Death Grips] Year Of The Snitch
O caos e a loucura voltaram. O sexto disco dos Death Grips já está disponível nas plataformas digitais e conta com as participações de DJ Swamp, Justin Chancellor (Tool), Andrew Adamson (realizador) e Lucas Abela. Quando carregarem no play, não fechem a porta: às vezes também é preciso espalhar o pânico…
[IAMDDB] Flightmode Vol. 4
Um dos nomes emergentes em território britânico é Diana de Brito, artista com raízes portugueses e angolanas. E é em bom português (com sotaque brasileiro) que a artista dá o pontapé-de-saída para o seu novo projecto. Um conjunto de canções que encontram o melhor daquela fórmula certeira que junta trap e r&b. Combina bem com o início do Verão.