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Texto: ReB Team
Fotografia: Tyrell Hampton
Publicado a: 08/04/2022

Jornada importante no campeonato de pesos-pesados.

Sexta-feira farta: novos trabalhos de Vince Staples, Xinobi, Kae Tempest, Fivio Foreign, billy woods ou Syd

Texto: ReB Team
Fotografia: Tyrell Hampton
Publicado a: 08/04/2022

Além de farta, esta é uma daquelas sextas-feiras loucas que vai impedir muito boa gente de apertar no botão do stop durante todo o fim de semana, na expectativa de encontrar “aquele” disco, capaz de nos amarrar durante meses. Tomem nota destes 7 candidatos de peso — agradeçam-nos depois.


[Vince Staples] RAMONA PARK BROKE MY HEART

Na vida de um artista, por norma, a um coração despedaçado segue-se uma descarga de criatividade, capaz de transformar qualquer sentimento negativo em belos exemplares de arte. E se tem a assinatura de Vince Staples, então nem há como resistir: RAMONA PARK BROKE MY HEART é o sexto trabalho do rapper de Long Beach, o segundo desde que assinou um contrato com a histórica Motown. Nos 16 temas do longa-duração, apenas as vozes de Lil Baby e de Ty Dolla $ign se juntam à de Vince.


[Xinobi] Balsame

Conta, claro, com o selo da Discotexas e a sua criação partiu de uma incessante busca pela felicidade. No seu novo LP, Xinobi mostra-nos o lado inverso do seu anterior On The Quiet, um projecto mais introspectivo com data de 2017. Meta_, Alem-i Adastra, Margarida Encarnação e Arâm fazem também parte do elenco de Balsame, um trunfo forte do DJ e produtor agora que as pistas de dança voltam a estar calibradas.

[Kae Tempest] The Line Is A Curve

Os últimos dois anos foram pautados por grandes decisões e mudanças para Kae Tempest. E se já nem o nome artístico é igual — o retoque, apesar de mínimo, está pleno de significado — o mesmo não se pode dizer da sua música: editado hoje pela Republic Records, The Line Is A Curve mantém Tempest no limbo entre o hip hop e a spoken word, uma posição suficientemente livre, que tanto lhe permite encaixar versos entre batidas ou deambular em canções mais despidas. Kevin Abstract, Confucius MC ou Lianne La Havas são alguns dos convidados que marcam presença no sucessor de The Book Of Traps And Lessons.

[Fivio Foreign] B.I.B.L.E.

A carreira é longa mas só em 2020 é que o nome começou a gerar cobiça. Afinal de contas, Fivio Foreign foi um dos artistas que ajudaram a cultura drill dos EUA a ir ao encontro da inovação que o género estava a alcançar na Europa — o malogrado Pop Smoke, a maior referência deste período de transição, era seu colaborador habitual. Aos 31 anos, Maxie Lee Ryles III assina a sua própria versão da B.I.B.L.E. e faz dela o seu álbum de estreia. Entre os apóstolos que ladearam esta divindade do drill made in Brooklyn encontram-se Quavo, Kanye West, A$AP Rocky, Alicia Keys ou Ne-Yo.

[billy woods] Aethiopes

Editou sozinho um par de “manuais” para as artes do MCing em 2019 — Hiding Places e Terror Management — e tirou umas “férias” até agora — um projecto com ELUCID aqui, outro com Moor Mother ali; colaborações com Earl Sweatshirt, Navy Blue, Pink Siifu, Quelle Chris, Your Old Droog… Enfim. Talvez seja melhor passar a enumerar o que é que billy woods não fez nos últimos dois anos, ele que é, cada vez mais, uma referência no circuito indie do hip hop e regressa à sua Backwoodz Studioz para mais uma epopeia rap.


[Yung Lean] Stardust

Esteve na vanguarda do cloud rap e nem o facto de viver na Suécia limitou o crescimento da fanbase. O YouTube abriu-lhe as portas do mundo e Yung Lean deu o litro para corresponder com as exigências da indústria. Regular nos lançamentos, sejam eles discos ou faixas avulso, o rapper chegou hoje ao 5º LP com novas armas no seu arsenal: pega num praticamente desconhecido Fredrik Okazaki para assumir o papel de produtor executivo, aproxima ainda mais a sua linguagem musical da hyperpop e consegue duas figuras incontornáveis da cultura pop moderna para o ajudarem a engrandecer ainda mais o sucessor de Starz.


[Syd] Broken Hearts Club

Fez parte dos Odd Future e quem acompanhou o colectivo de perto sabe muito bem o que é que isso significa. No início da década passada, Syd mostrava ser uma das vozes capazes de empurrar o r&b para alem dos seus limites e era ela a principal figura dos “funkeiros” cósmicos The Internet. Depois do desmembramento do grupo/editora liderado por Tyler, The Creator, a cantora ainda chegou a assinar Hive Mind, mesmo já com um plano para a sua carreira montado, que a tinha levado até ao primeiro álbum a solo, Fin, um ano antes. Cinco voltas ao Sol depois, Syd volta à carga com Broken Hearts Club, para o qual contribuíram também Smino, Kehlani e Lucky Daye.

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