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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 06/11/2020

A vida é curta, mas há sempre tempo para música nova.

Sexta-feira farta: novos trabalhos de Paulo Flores & Prodígio, JPEGMAFIA, Dutchavelli ou Rafael Toral & João Pais Filipe

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 06/11/2020

Se só puderem fazer uma coisa hoje, acabem de ler este artigo e sigam directamente para o Bandcamp: hoje é AQUELE dia.

Por aqui, o Rimas e Batidas dá espaço a um encontro de gerações com Angola e esperança no centro, a cruzamentos obrigatórios entre os talentos mais criativos da música experimental portuguesa ou a exercícios livres de rappers oriundos do Reino Unido.



[Paulo Flores & Prodígio] A Bênção e a Maldição

À primeira faixa, que abre com o timbre portentoso de Paulo Flores, é difícil imaginar quando virá a maldição. Essa que é uma das vozes icónicas de Angola junta-se a um nome da “nova” geração: o rapper Prodígio (membro do colectivo Força Suprema). A Bênção levou menos de uma semana a dar de si, como contou Flores ao Público: “Cantámos, improvisámos, chorámos. É um trabalho intuitivo, muito cru, com muita dor dentro”. O trinar das cordas e o acirrar de duas vozes irreprimíveis, com a energia sofrida que transcende filtros e injustiças. E continuamos sem encontrar a maldição…



[Giggs] Now Or Never

É agora ou nunca, diz-nos Giggs. Isto parece ser verdade: vejam-se os créditos com Jorja Smith, Dave, A Boogie Wit da Hoodie ou Obongjayar e percebe-se que há ambição nesta mixtape. Sem tempo para grandes conversas, o rapper britânico mantém-se em forma e mete todos em sentido com uma das vozes mais singulares do panorama.



[JPEGMAFIA] EP

“Compilação de todos os singles lançados este ano. Uma mistura de novo e antigo”. Este EP não é o sucessor de All My Heroes Are Cornballs, mas serve de atenuante para a espera por um novo projecto mais sério e longo de JPEGMAFIA, um daqueles artistas que tem mexido com as águas desde Veteran (2018).



[Dutchavelli] Dutch From The 5th

Driller certificado, Dutchavelli assumiu-se como uma das novas caras do género com uma confiança e presença que se fazem sentir a partir dos primeiros segundas das músicas. A sua mixtape de estreia, Dutch From The 5th, é, como se escreve no The Guardian, a celebração final de um ano em grande.



[Kylie Minogue] DISCO

Em 2020, Dua Lipa e Jessie Ware vestiram a música disco como fato de super-herói. Two is a coincidence, mas daí veio Roísín Murphy — three is a trend. Enquanto quarto elemento, a eterna Kylie Minogue poderia corromper a lógica, se não já tivesse vindo em salvação da disco no despontar do novo milénio (em Light Years Fever). Nessa altura, o estilo nascido nos anos 70 salvou-a do abismo do flop; hoje, é a celebração da zona de conforto da diva. DISCO (com maiúsculas) é uma injeção instantânea de dopamina: melodias em ponto de rebuçado e batidas em compasso quaternário, com júbilo, sexo, orquestra e vocoder.



[Rafael Toral & João Pais Filipe] Jupiter and Beyond

Este é o segundo encontro musical entre os dois músicos portugueses: Saturn, gravado em 2016, foi a primeira vez que Rafael Toral e João Pais Filipe se encontraram enquanto duo. Entre o ambiente e o noise, há dois longos movimentos que podem (ou não) ajudar-vos a encontrar o caminho para fora deste planeta.

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