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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 13/08/2021

Limpar as pistas e as ruas.

Sexta-feira farta: novos trabalhos de Boldy James & The Alchemist, Jungle, Jana Rush, Joy Orbison, $uicideboy$ e Benny The Butcher

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 13/08/2021

Amigos de longa data, amores em sinais diferentes, esclarecimentos dolorosos, pisos escorregadios, os efeitos a longo prazo do sofrimento e, por mais estranho que pareça, uma obra de Picasso dentro de um pyrex. Este é o resumo possível da selecção desta semana, seis discos que tanto têm de sinistro como de tranquilizante — e tudo o que há no meio dos dois.



[Boldy James & The Alchemist] Bo Jackson

Em Bo Jackson, Boldy e Alc continuam a explorar uma bonita química que os levou a criar em conjunto My 1st Chemistry Set, Boldface e, mais recentemente, The Price Of Tea In China. Acompanhados por Earl Sweatshirt, Curren$y, Freddie Gibbs, Roc Marciano, Benny The Butcher e Stove God Cooks, o duo faz o filme com foco absoluto na entrega idiossincrática do rapper de Detroit e nos instrumentais sugestivos do lendário produtor.



[Jungle] Loving In Stereo

O duo de Josh Lloyd-Watson e Tom McFarland funde grooves de soul e disco sound, num regresso aguerrido aos discos – com as participações da cantautora Priya Ragu e do rapper Bas. Após um segundo álbum (For Ever) sobre separações e corações partidos, a ideia de libertação permeia Loving In Stereo, feito com um orçamento limitado (daí, dizem os criadores à Red Bull, o disco se prover de uma atmosfera DIY à volta de ideias maximalistas). 



[Jana Rush] Painful Enlightenment

Conscientes do quão preguiçoso é regurgitar um comunicado de imprensa, há ainda assim coisas que merecem uma reprodução fiel: de dia, Jana Rush trabalha como engenheira química numa refinaria de petróleo e, de noite, auxilia médicos a detectar patologias usando TACs. Talvez, algures nos tempos livres de Rush, a artista de Chicago encontre tempo para tornar os devaneios de um saxofone soprano, os gemidos de uma personagem de (talvez) Tekken, ou samples de pornografia em malhas obscuras, duras e catárticas de footwork — na onda de Jlin ou DJ Rashad.



[Joy Orbison] still slipping vol.1 

O produtor londrino Joy Orbison não precisou de um longa-duração para cravejar a cena electrónica com a sua influência, mas ei-lo aqui, após quatro EPs. Falando de influências, mais prementes são as vozes da sua família: entre pai, mãe, tios, primos e Leighanne, a pessoa que surge na capa de still slipping vol. 1, que expôs Joy a drum and bass e garage — destilados numa colagem sonora nublada e circular.



[$uicideboy$] Long Term Effects of SUFFERING

Quais são os efeitos de uma exposição continuada ao sofrimento? Os $uicideboy$ andam a tentar responder a essa pergunta desde que começaram a lançar música, mas agora decidiram oficializar essa busca em Long Term Effects of SUFFERING, o seu mais recente álbum. 13 canções são 13 pesquisas de campo no solo infértil dos seus infernos pessoais.



[Benny The Butcher] Pyrex Picasso

O estado de graça da Griselda parece não ter fim à vista. Em Pyrex Picasso há mais uma evidência disso: Benny The Butcher chama Conway The Machine e afiliados como Elcamino e Rick Hyde para garantir que a pressão não pára de ser feita. Estas sete faixas foram feitas há três anos… em apenas um dia. E não soam datadas. Palmas para Benny, mais uma vez.

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