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[FOTO] Ricardo Cachão
Vai ser ainda no arranque deste ano que o Rimas e Batidas, em colaboração com Sensei D., vai leiloar o seu último disco, Vivificat — lançado em 2016 — na sua versão em disco de vinil. O que é que torna este exemplar tão único? O facto de estar autografado por todos os músicos portugueses que nele participam. Desde o próprio Sensei D., a gente como Fuse, Beware Jack, RealPunch, Kappa Jotta, DJ X-Acto, TNT, Valas, Nerve, Karlon, Puro L, Noiserv, João Tamura ou Gab.
“A meu ver é mais uma forma para estabelecer uma ligação entre mim, os intervenientes e o vencedor do leilão. Iremos ajudar alguém que precisa com este disco e o leilão”, explica Sensei D. ao Rimas e Batidas.
“Eu próprio já tinha feito uma doação com uma parte do dinheiro das vendas dos LPs, mas, deste modo, todos podem ter a noção de que estão a contribuir e a ajudar com algo que criámos”. A receita vai reverter para uma instituição de cariz solidário que será revelada em breve.
O que o produtor português — cujo percurso podem conhecer melhor no seu site oficial — vai também fazer em breve é dar novas aulas no curso de hip hop promovido pelo Rimas e Batidas na ETIC, em Lisboa. Afinal, ele é o verdadeiro sensei. “Gostei imenso da experiência de dar aulas e até existe uma certa sensação de full-circle quando comecei há anos e decidi atribuir a mim próprio o nome de Sensei [professor em japonês] [risos]. Estou ansioso por conhecer os novos alunos, até porque depois acabei por criar laços e estabelecer uma amizade com alguns. De que gosto mais? É que sempre que ensinamos também acabamos por aprender algo.”
Sensei D. considera importante que exista este espaço de formação dentro da cultura. “É verdade que hoje em dia com 100 mil tutoriais de tudo no YouTube existe uma facilidade em aprender e descobrirmos o que queremos, quando queremos. Mas quando temos alguém ‘físico’ à nossa disposição que já tenha alguma experiência (e em alguns casos por quem tenhamos admiração) é sempre muito mais positivo e ‘interactivo’. ”
Para 2018, o produtor adianta que está a trabalhar em dois projectos diferentes, um a solo e outro com vários artistas, mas não pode revelar muito mais — não é certo que estes trabalhos cheguem este ano aos nossos ouvidos. Para já, ficamos com Vivificat, que continua a soar tão fresco como quando saiu.
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