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Texto: Paulo Pena
Fotografia: LucasOwnView
Publicado a: 19/09/2023

Um compêndio do trabalho feito pela Godsize Records.

Sensei D. sobre In God’s Hands Vol. I: “Estes putos talentosos do underground também merecem estar on wax

Texto: Paulo Pena
Fotografia: LucasOwnView
Publicado a: 19/09/2023

É, discretamente, um dos produtores mais (omni)presentes no panorama nacional quando se fala em hip hop “tuga”. Sobretudo, aquele que é feito a partir do subsolo, sem pretensões de exposição luminosa, mas também sem negligenciar o carácter radiante que a profunda dedicação lhe exige. Se Mura deu a cara pela fundação da Godsize Records com o seu longa-duração de estreia, Álbum do Desassossego, Sensei D. foi — e é — o cérebro por detrás da ainda jovem editora que tem feito por revitalizar o circuito underground do rap português.

Depois de cinco trabalhos editados com o carimbo da label que presta homenagem à histórica loja de discos Godzilla (e mais tarde Kingsize), In God’s Hands Vol. I surge naturalmente como uma compilação do melhor material feito nesta sede, que reúne faixas de Álbum do Desassossego 3.0 (Mura), Coisa Pouca (Francis Pierre aka GAB One, com DJ Núcleo), The Ambush (Baskiat e o próprio Sensei D.), Caleidoscópio (DopeFinest, de Jack Crack e DwÓ) e, ainda, um tema da rubrica On the Spot, protagonizado por Yur1 e Oprópio. Esse foi, aliás, o pretexto para conversarmos com David Alves na sua própria casa, conversa essa que não poderia deixar de passar pelo percurso da própria Godsize, sem esquecer a megalómana obra ainda por erguer daquele que está prestes a cumprir a sua “apoteose”.



A edição deste vinil é uma boa oportunidade para falarmos do percurso da Godsize até agora. O que é que te levou a criar este selo editorial?

Havia várias editoras que eu seguia, mais underground, a nível de vinil que não eram tão conhecidas — que divulgavam artistas que não eram tão conhecidos. E foi um bocado a cena de emular esse modelo. Porque, geralmente, associamos as labels aos top tiers, e estas que eu sigo estão a agarrar em artistas ascendentes, ou alguns deles ainda bastante underground. E eu quis trazer esse conceito para a Godsize, para meter aqui uma circulação de rappers mais underground e menos conhecidos, a fazer edições limitadas dos projectos que eles têm — quase de modo a, por serem edições limitadas, não ver isto como um exemplar físico, mas como uma peça de arte com uma tiragem limitada. 

Eu, por exemplo, sigo bué coisas da Copenhagen Crates, da De Rap Winkel… vou dar outro exemplo, se calhar o mais conhecido: da Daupe!, que tem lançado a maior parte das coisas dos Griselda. São editoras independentes e underground, mas que já estão dentro daquele nicho de mercado em que se sabe que as coisas esgotam rápido. E eu queria que as peças saídas da Godsize fossem vistas assim — não como uma coisa produzida massivamente, mas que as pessoas pudessem levar pequenas obras de arte.

E, depois, a nível pessoal já tive várias experiências, antes de ter a editora, em que ouvia X ou Y artista e que, antes do tempo deles, dizia, “Acho que este gajo vai subir” — e subiram efectivamente. Não acho que tenha nenhum dedo que adivinha, mas acho que, talvez devido aos anos que já oiço hip hop, consigo perceber onde é que existe um pequeno factor diferenciador dos outros. Lembro-me, por exemplo, quando fiz parte do júri de uma batalha da Liga Knockout — acho que foi a primeira batalha do ProfJam, contra o Young —, e eu logo na altura disse, “Eu na batalha gostei mais do Young, mas eu sei que como rapper e em fita vou gostar mais do ProfJam”. E o ProfJam, hoje em dia, está onde está. Se calhar, se eu tivesse a Godsize nessa altura… [risos] Mas gosto de ter esta atenção, um bocadinho de olheiro, porque os rappers que estão a bater já toda a gente conhece. Eu, back in the days, quando ainda nem sequer produzia nem era DJ, adorava ir às lojas de música comprar CD e chamar os meus amigos para minha casa para lhes mostrar.

Acho que foi o culminar dessas coisas. E, depois, também há uma coisa que aconteceu aqui temporalmente, que foi o COVID, que me fez ao mesmo tempo estar bastante tempo em estúdio e conseguir fazer contacto com diferentes pessoas. 

O próprio nome “Godsize” vem dessas lojas como a Godzilla?

Vem da junção dos dois nomes, sim. Eles, primeiro, foram Godzilla, e depois foram King Size — e acaba por ser um pequeno tributo às duas lojas, que na verdade foram a mesma, porque o staff era o mesmo. E também houve uma ou outra instância em filmes, ou em música, que eu ouvi essa expressão, e achei engraçado porque tu não consegues calcular o tamanho de Deus — ou muito menos se existe. Implica logo um cálculo interessante.

E na primeira compilação da editora voltas a fazer referência a “God”, mas mesmo nos teus trabalhos a solo sempre tiveste essa dimensão transcendente presente.

Megalómana, sim, é verdade.

Sentes que, ao fim destes anos todos, é algo em torno do qual gravitas inconscientemente?

Sim, porque eu penso muito… hoje em dia acho que se pensa muito em cliques e views e coisas muito instantâneas, e o que eu gosto nas pessoas que incorporo aqui na Godsize é deixar um legado, deixar uma coisa no espaço e no tempo.

Então, na formação da Godsize já estava toda a gente pensada para a editora?

Sim, posso dizer que estavam uns pensados, entretanto outros que estavam pensados saíram. Mas na altura já tínhamos as coisas mais ou menos encaminhadas — tanto como agora. O vinil foi mandado prensar em Março/Abril. Nós tentamos sempre estar a trabalhar — nós estamos já a trabalhar nos três próximos projectos. Tentamos sempre não estar a trabalhar em cima do joelho.

Até porque hoje em dia o vinil demora cada vez mais a produzir.

Ya, ya. E por acaso tivemos sorte com a fábrica. Isto agora acho que rende um bocado — para não esperares esse tempo todo — ires para fábricas mais independentes.

Mas fizeram numa fábrica de cá?

Não, fizemos numa italiana. 

Estão a surgir algumas independentes cá.

Sim, a Grama, uma fábrica no Porto.

Falando no caso do Mura, que foi a cara do início da Godsize com o álbum de estreia dele, se compararmos com projectos que tiveste com o Youngstud ou o Baskiat — em que o registo era mais de parceria —, neste parece haver mais uma vertente de apadrinhamento. Isso é algo que te agrada e que tens procurado fazer?

Sim, e que estamos a fazer mais. Ou seja, de longe a Godsize ser uma editora do Sensei D.. É uma editora em que eu quero apoiar rappers, até mesmo pelos primeiros trabalhos que eles tenham. E, por acaso, também temos outros trabalhos com parcerias para sair, sim. Mas a intenção agora é dar espaço a esses novos talentos.

O que é que te entusiasma mais na tua posição de produtor quando te cruzas com rappers novos e com menos experiência, como são os casos do Mura ou, mais ainda, do Yur1?

Eu gosto muito de trabalhar com rappers — neste caso, estamos a falar especificamente do Mura e do Yur1. Há rappers que pensam muito individualmente, ou seja, por vezes têm só aquela cena de instrumental e rimas. E eu gosto de às vezes sugerir, “Olha, não achas que ficava bem aqui um scratch, ou uma passagem, ou um saxofone, ou uma pessoa a cantar?”. Gosto de fazer esses arranjos, porque eu sinto que, em muitos casos, estou a abrir-lhes horizontes. Dá-me bué gozo sentir que dou esses upgrades às músicas. E, depois, ainda há outra coisa: alguns pensam só individualmente nas faixas e, depois, eu sinto que precisam da ajuda de alguém, para arranjar um conceito para abraçar aquelas faixas todas, para o lançar num trabalho. E isso fascina-me bué porque, não só por ser produtor e DJ, também sou director de arte e designer, portanto toda essa parte de criar um conceito e da imagem de um projecto também me interessa bastante. Tanto como há pessoal que já vem com tudo idealizado, e eu gosto de pensar como é que vou materializar essas coisas. São duas coisas que me dão bastante gozo. 

É aquilo que o Sam The Kid diz em relação ao papel de um produtor executivo, em que a faixa está um 7, mas pode ficar um 9.

É isso mesmo, é uma boa expressão. Porque, às vezes, eu percebo que os rappers tenham aquela cena do delivery ser flawless. Mas, se calhar, se tirares aqui o kick, a tua delivery vai bater muito mais, e às vezes o people nem sequer pensa nessas dicas. Isso é das coisas que me dá mais gozo, sinceramente. E também podes pôr isso como uma das razões para eu ter criado uma label.



Como é que surgiu a ligação com o Yur1?

Eu já falo com o Yur1… creio que já lhe dava o toque antes de ter a label, dar-lhe props dos sons. E, quando foi a altura de pensarmos fazer a label, eu dei-lhe logo o contacto. E é uma cena fixe, porque o Yur1, especificamente, é um gajo que é super versátil em vários tipos de beats. Portanto vai ser muito interessante as possibilidades que isso vai dar. Será que vamos criar um trabalho, cada um com uma cor? Será que vamos arranjar uma coisa que seja uma viagem, um mix de tudo? Sinceramente, está em aberto e eu tenho estado a gravar com ele. E até estamos nessa: criar um bolo de música e, depois, a partir daí, filtrar o que vamos fazer com isso. 

E, sendo alguém que ainda está a começar um caminho próprio, confia na tua visão?

Bastante, bastante. Tanto que já aconteceu gravarmos a mesma música em três beats diferentes, só para vermos as possibilidades que temos. Isso é bué fixe, nem todos os rappers estão dispostos a fazer isso. O caminho com o Yur1 é interessante porque, lá está, ainda está no início e pode ter vários caminhos. 

Em relação ao In God’s Hands Vol. I, qual foi o critério de selecção das faixas?

Olha, posso te dizer que aquilo foi uma selecção dos dois melhores temas de cada um dos primeiros cinco projectos da Godzise. Ou seja, o Mura tem mais porque teve mais projectos nesse espaço de tempo. E em termos da selecção fui muito, obviamente, pelas músicas que tiveram mais aderência nos álbuns, mas também, no caso do 3.0, quis meter o João Pestana, o Vácuo em vinil — meter mais gente em vinil. Do meu projecto com o Baskiat [The Ambush] pus a faixa com o J.Cap e o DJ Kronic. Houve esse cuidado. 

Fazer um concerto com todos os intervenientes desta compilação é algo que está nos vossos planos?

Era bué interessante, mas ainda estamos a estudar o game dos concertos — e os que nós vamos são os que nos chamam. Até porque eu já organizei, ou ajudei a organizar, outros eventos que nada tinham a ver com rap. E eu, sabendo o que um projecto me custa, sei que organizar um espectáculo seriam outros quinhentos. Muitas vezes é uma questão de tempo: eu trabalho, ou seja, tenho o meu nine to five job numa agência, e, muitas vezes, 90% do tempo que tenho é para a Godsize, 10% é para eu ser o Sensei D. [risos]. Eu, às vezes, fico meses sem produzir porque estou a tratar dos outros. E entre eu dar prioridade a organizar um concerto e trazer música nova, vou sempre trazer música nova. Aliás, acho que quanto mais catálogo a editora tiver, mais justificável vai ser, também, para fazer um festival. Mas isso também foi uma coisa que já falámos, de fazer uma festa/festival — e, atenção, temos casas a pedirem-nos para irmos lá fazer isso. Só que é o que eu digo, a organização… e o dia, infelizmente, só tem 24 horas [risos].

Qual é, então, o ponto de situação da Godsize nesta fase?

Nós chegámos aqui a um ponto que, lá está, por um dia só ter 24 horas, decidimos, pelo menos pelos projectos que temos agora em mãos, fechar um bocado as portas. Porque já estávamos com muitas coisas em mãos. E, fisicamente, a Godsize são três pessoas: sou eu, a minha namorada e o Mura — obviamente, temos aqui uma equipa que nos ajuda a nível de vídeo e assim, mas as pessoas que tomam as decisões principais são estas três. E é preferível que estes projectos saiam bem — e, até, emendar alguns erros que fizemos em projectos passados, que nem tudo foi perfeito —, para que corram melhor. Se esses projectos correrem melhor, a label também fica com mais capacidade para agregar novos projectos. Agora, nós nunca estamos de olhos fechados. 

Nem que seja enquanto fã.

Exactamente. Nem nunca vamos dizer um não redondo a uma pessoa. A Godsize é assim: há os projectos que estamos a fazer agora e há as pessoas que temos em cima da mesa, que são pessoas que não têm um projecto em si, mas que estão a gravar — o caso do Yur1; e há outros exemplos. Mas o nosso objectivo é manter esta nossa sequência de lançar cinco trabalhos e, depois, se tudo correr bem, fazer uma compilação em vinil. 

E fazer os próximos cinco trabalhos individualmente em vinil é uma possibilidade?

Isso não, porque é uma coisa muito custosa. Uma coisa é eu saber que vou fazer um vinil que tem três ou quatro artistas que tu gostas, outra coisa é eu fazer um vinil de um artista novo. Uma compilação é sempre mais seguro, porque podes não gostar de um ou outro, mas há aquele bacano… aliás, eu já comprei muitos vinis assim [risos]. E depois é ver estes putos do underground com bué talento, e eu acho que eles também merecem estar on wax. Acho que também é uma maneira de eles se sentirem especiais. Acho que a Godsize foi muito — e obviamente que já trabalhámos com nomes como o Tilt, e os DopeFinest acho que estão cada vez maiores — fundada para os underdogs.

Como é que vês o nosso underground actualmente? Há cada vez mais artistas novos, mas se calhar o movimento já teve mais força.

Dizeres-me que já foi melhor, eu posso contra-opinar e dizer que se calhar já foi melhor porque tu tinhas menos, e daqueles menos conseguias-te concentrar em X ou Y que gostavas mais. A questão é que eu acho que hoje em dia tens uma oferta tão grande, que é normal que neste momento exista um rapper incrível do Algarve que tu não fazes ideia — e ele se calhar já lançou vários sons. Mas, infelizmente, lá está, voltamos à mesma cena: o dia só tem 24 horas [risos].

E eu também sinto bué que, obviamente, há o respeito pelo old school e os top tiers que já lá estão, mas acho que, mais do que nunca, talvez pelas redes sociais, se sinta mais a força que estes putos dão uns aos outros.

Se calhar, mais facilmente formam núcleos.

Ya, exacto. E também, para ser muito sincero contigo, os EPs e as compilações que eu fiz há uns anos, hoje seria muito difícil de as fazer. Porque na altura era tipo um mercado aberto: era o MySpace, tu falavas com a pessoa… era um hustle. Não havia aquela cena de, “Não vou fazer já um som para este, vou fazer primeiro para este, ou não vou fazer para este porque ele se dá com X ou Y”. Era mais uma cena de, “Convidaste-me, eu quero meter o meu trabalho cá fora”. E agora eu sinto que há aqui uma altura no hip hop em que isto ficou tudo muito elitista. E é um bocado o “se não consegues vencê-los, junta-te a eles” — mas o “junta-te a eles”, na Godszie, foi criar uma elite, o seu núcleo. E, também porque as coisas mudaram com as redes sociais, tu sentes mais love do people do underground — e também devido a isso é que eu senti que talvez compensasse fazer esta editora mais virada para o nicho.

A questão é que ser underground em Portugal é diferente de o ser, por exemplo, nos Estados Unidos da América, porque lá é possível ser underground e, ainda assim, viver da música, e cá não. O que é que achas que motiva alguém a ser underground cá? Achas que é por não terem outra hipótese, ou é mesmo uma filosofia do que significa ser artista, como vemos, por exemplo, em casos de rappers como o Uno, o Benny Broker e outros?

Se calhar vou tocar num ponto um bocado sensível, e ao mesmo tempo que eu vou falar nisso quero dizer que sou uma pessoa que ouve o hip hop de A a Z: mas eu acho que, passo a expressão, a “música da moda”, ou o “hip hop da moda”, tornou-se bué repetitivo. E eu acho que, de alguma maneira, alguns putos perceberam que aquela fórmula estava sempre a ser a mesma e disseram, “Fuck it, eu não vou ser assim”. Além disso, tu hoje em dia já tens rappers como o Kendrick Lamar, que são uma boa referência, que não seguiram aquele modelo — não vou estar aqui a bater no ceguinho, mas… — do auto-tune e conseguiram singrar. Portanto, fazendo aqui o stretch, eu não acho que seja impossível o Uno um dia chegar a um ponto da carreira dele em que mantenha a dica dele e vá tocar a um Altice Arena. Por enquanto contentamo-nos com os Musicbox’s e ir de vez em quando a um festival, mas, é assim, o Aesop Rock back in the days era o gajo mais underground de sempre — e hoje também não é o gajo que dá mais concertos, mas tem uma tournée. Acho que é fazermos a cena, mas temos é de fazer à nossa medida, à medida da “tuga”.

E esse “à medida da tuga” leva ao aparecimento de mais núcleos como a Godsize? Há cada vez mais pequenas editoras a aparecerem em cena.

Acho que é uma resposta que, conseguimos ver, há mais pessoas a apostar nisso, também. Eu falo por mim, mesmo com o hip hop norte-americano: J. Cole lançou um álbum e “OK, quando calhar vou ouvir.” Estou muito mais interessado em ir ouvir o álbum novo do Estee Nack. É a minha fórmula de hip hop, que eu cresci a ouvir, e parece que há ali… isso é outra cena: parece que há uma renaissance do hip hop, e acho que os Griselda vieram trazer uma nova…

Mudaram as regras.

Sim, um rejuvenescimento ao boom bap. Acho que isso também foi uma boa inspiração para a Godsize. Se eles conseguiram o núcelo deles, vamos fazer aqui o nosso também. 

E a nível pessoal, enquanto Sensei D. a solo, tens projectos em nome próprio planeados? 

Tenho, tenho… Mais uma vez, aquilo que tu dizes é verdade: eu tenho uma tendência para nomes megalómanos [risos], porque o nome do trabalho vai ser Apotheosis. E posso-te ser muito sincero, acho que tenho esse trabalho pronto há bué tempo, mas estou a dar prioridade a outros. 

É um trabalho na lógica do Vivificat?

Ya, ya. É uma continuação do Vivificat sem nada ter a ver com o Vivificat, se assim se pode pôr as coisas — 15 faixas dentro dessa ordem de produtor com colaborações de rappers.

E o processo foi o mesmo, de puxares esses rappers para o universo conceptual do disco?

Não, na verdade havia faixas que até já estavam feitas, houve outras que foram surgindo no tempo, e depois comecei a juntá-las. Foi só o conceito com que eu embrulhei as coisas. Mas gosto da dinâmica de criar uma viagem contínua. 

Sendo um sucessor do Vivificat, vai ser editado também em vinil?

Pá, gostava bué… Mas quero, primeiro, ver a reacção de quando o lançar. Tenho intenções de fazê-lo em CD físico e, depois, mediante a resposta… Mas é uma coisa que eu já pensei, inclusivamente já pedi orçamentos [risos]. 

Até porque o Vivificat é uma das grandes relíquias do vinil português.

Mas este pode não ser! [Risos] Para mim, os meus trabalhos são desabafos. Se correr bem, corre. 

E revisita-los muito?

Não, por acaso não. Acho que estou sempre on to the next one.


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