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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 21/06/2019

A 5 de Julho, o mestre brasileiro aterra no Estúdio Time Out, em Lisboa, para testar o seu novo material.

Sempre: está quase aí o regresso de Marcos Valle aos discos de jazz-funk para atletas

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 21/06/2019

“Tem que correr, tem que suar, tem que malhar” — os imperativos de Marcos Valle não são simplesmente uma ode ao exercício físico, são o mote para um ícone brasileiro que, há cerca de seis décadas em actividade, volta à pista de dança. A editar a 28 de Junho, Sempre é a nova adição do músico carioca a uma discografia canonizada; já podem ser ouvidos os singles “Alma”, “Olha Quem Está Chegando” e “Sempre”.

A capa, com palmeiras tingidas de rosa e azul, sugere o que as novas onze faixas concretizam: o regresso de Valle ao seu funk estival e fresco. Para cozinhar este prato que aglutina “discoextático, samba cósmico e jazz-funk nocturno”, Valle e o produtor Daniel Munick apoiaram-se no percussionista Armando Marçal e numa secção de sopros que inclui o seu habitual trompetista Jesse Sadoc.



Com a produção de Daniel Munick, Sempre continua o trabalho de Valle em associação à editora londrina Far Out Recordings, sucedendo a Estática de 2010. A cereja no topo do bolo (preparado na primeira metade de 2018)? O retorno de Alex Malheiros, baixista dos Azymuth, o saudoso grupo de jazz cubista que Valle juntou em 1973, ano em que todos colaboraram para Previsão do Tempo — um dos discos mais oblíquos e influentes do carioca.

A estética recorda o disco homónimo de Valle, de 1983, que alberga êxitos musculares como “Estrelar” e “Naturalmente”. Mas, diz-se em comunicado, que é desse capítulo mais “progressivo” da sua carreira, dos anos 70, que se aproximam as letras: sobre amor, tolerância e corrupção política.

Entre o Brasil e os EUA, gravando em nome próprio ou colaborando com Eumir Deodato ou Sarah Vaughn, Valle cimentou-se como um dos autores brasileiros mais inovadores de todos os tempos. A 5 de Julho, o mestre aterra no Estúdio Time Out, em Lisboa, para testar o seu novo material — e mostrar-nos o porquê do seu legado não ter fim.


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