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A NiT publicou ontem uma entrevista com Sam The Kid. Entre outras coisas, o artista de Chelas aproveitou para partilhar a história sobre a capa de Beats Vol. 2 – Rap, o álbum de instrumentais que irá suceder a Beats Vol.1 – Amor, de 2002.
“Foi a última vez na minha vida em que senti magia.”, confessou Sam The Kid à revista digital, referindo-se ao artwork de um dos projectos que o artista de Chelas guarda no seu valioso arquivo, que traça um paralelismo interessante com a cultura do hip hop. A capa tem como elemento principal uma dançarina (“era a minha paixão”) do antigo programa The Grind, da MTV, que surge deitada na cama de STK a representar o símbolo do grande amor da sua vida — o hip hop. “E a cena é que ela tem a idade do hip hop. Nasceu em 1974, é do Bronx, onde o hip hop nasceu. E para ela significou muito.”
Sobre a sonoridade do disco, Samuel Mira revelou que a temática do romance se mantém presente: “Em vez de ser a história de amor dos meus pais, é a minha grande história de amor”. A capa do disco é o ponto de partida: “Queria que estes beats reflectissem todos esta imagem. Mesmo que seja um momento redundante e repetitivo. Mais do que querer contar a história, vai-me interessar mais a música. Se calhar é um filme erótico, tem umas três cenas de sexo [risos], de beats que te remetem para o fazer amor.”
Em conversa com Ricardo Farinha, jornalista da NiT que também colabora com o Rimas e Batidas, STK também revelou mais detalhes sobre a compilação que editou recentemente pela sua TV Chelas/Quarto Mágico e apresentou os seus planos para os próximos tempos: vem aí uma reedição de Pratica(mente) em vinil e CD — escrevemos sobre o assunto em Novembro de 2017 — e o projecto Classe Crua — que junta os beats de Sam às rimas e Beware Jack —, que será a “próxima coisa da TV Chelas, provavelmente”, deixou o rapper/produtor no ar. “Vamos lançar um avanço muito próximo antes de o disco sair”, acrescentou.
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