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Publicado a: 14/02/2018

Sacik Brow: “O objectivo é que a música leve esperança, motivação e fé a uma geração que cresceu com as mesmas dificuldades que eu”

Publicado a: 14/02/2018

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTO] Direitos Reservados

“A Morte do Artista” é o mais recente single retirado de Made In Ghetto 2, o novo álbum de Sacik Brow. A gravação, mistura e masterização ficou a cargo de Pedro Pinto, mais conhecido como Reflect, nos estúdios da Kimahera e o vídeo é da autoria de Filipe Silva (Easy Films).

O rapper algarvio continua a assumir-se como um dos mais fiéis representantes da vertente interventiva do rap português. Depois do lançamento de Made In Ghetto, trabalho editado em 2013, Sacik Brow prepara-se para acrescentar mais um disco ao seu currículo. O novo álbum deverá “chegar ainda este ano”, assume o próprio, e contará com 14 faixas maioritariamente a solo — Fragas é o único convidado.

 


[O momento actual do hip hop nacional]

“A grande abundância deve-se à visibilidade que o hip hop tem vindo a ganhar nos últimos tempos. Finalmente ganhámos a exposição merecida e hoje em dia o hip hop já não sofre o ‘preconceito’ que sofria há uns anos. Nesse ponto é a melhor fase de sempre.

No tema ‘A Morte Do Artista’ utilizei o termo ‘wack‘ porque ainda consumo muito hip hop feito nos anos 90/início de 2000 e sinto que nessa altura o conteúdo musical era superior, mas a música sofreu actualizações (boas e más) e temos de conviver com elas.”

 

[O seu papel no rap português]

“O meu papel no rap nacional é apenas o de fazer música. O objectivo é que ela leve esperança, motivação e fé a uma geração que cresceu com as mesmas dificuldades que eu.

Eu represento a música hip hop (como um todo, sem rótulos) e tem de existir variedade, mas há vivências e princípios que não nos permitem a todos rimar sobre o mesmo. A música que faço (intervenção, denúncia, rap de rua) não está extinta, simplesmente não é o estilo que abre mais portas hoje em dia.”

 

[O que esperar de Made In Ghetto 2]

“Já passaram 4 anos desde a primeira mixtape da saga Made In Ghetto. Houve um crescimento a nível pessoal e profissional, mudanças na cultura hip hop e na indústria musical. Estive atento e, sendo um observador nato, tudo isso será abordado no segundo volume.

É a passagem de uma fase juvenil e inocente, que estava presente no Vol. 1, para um homem adulto que começou a questionar-se sobre diversas coisas, a analisar a actualidade e a querer encontrar respostas.

O MIG2 é a evolução do homem e artista que sou hoje em dia. São 14 faixas maioritariamente a solo, apenas com a participação do cantor Fragas em alguns temas, que explora novas temáticas, perspectivas pessoais, sem esquecer obviamente a parte técnica: novos flows, skill e uma arte em que sempre fui exímio — o storytelling.

Se tudo correr conforme esperado, deve chegar ainda este ano. Até la, serão lançados novos vídeos.”

 


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