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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 04/04/2022

Ameaça quádrupla.

Russian Library: “Na L Series há uma relação mais vincada com a library music”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 04/04/2022

Não fez parte da mais recente sexta-feira farta, mas também foi no passado dia 1 de Abril que saiu o mais recente disco da Russian Library. L SERIES #1 juntou The Twelve Hour Foundation, Stellarays, Ondness e Pulselovers numa edição limitada (apenas 25 unidades) que já esgotou.

Cinco meses depois de Lift and Drag de André Gonçalves, a editora põe cá fora algo que já vinha “planeando há algum tempo, mas que por um conjunto de circunstâncias foi sendo adiado”, deixando a promessa: “vamos ver se conseguimos manter alguma regularidade nas próximas edições”.

Reflectindo sobre o novo lançamento, a RL explica que série é esta e as escolhas que fizeram:

“Para já, estamos bastante satisfeitos com o resultado desta primeira edição da L Series, tanto conceptualmente como pelas participações de The Twelve Hour Foundation, Stellarays, Ondness e Pulselovers. Ondness e Pulselovers já faziam parte desta comunidade, aliás Ondness está na primeira edição da Russian com Folclore Impressionista; e em relação a The Twelve Hour Foundation e Stellarays, havia já a vontade de trabalhar com eles, mas só agora surgiu o contexto certo para os editar.

A nova L Series não substitui a H Series. As duas irão ser editadas em paralelo. A H Series foi fundamental porque ajudou a definir o espectro de acção da Russian Library e vai continuar a sê-lo, em parte devido à sua maior elasticidade formal e estrutural, que se reflecte nas diferentes propostas das suas edições. É, sem dúvida, mais ampla no seu raio de acção. A L Series é um pouco mais rígida nesse aspecto, e talvez a sua característica mais distintiva seja o facto de se tratar de uma série temática, ainda que os temas/ambientes sejam apenas sugestionados a partir de uma imagética difusa. Nesse sentido, podemos encontrar aqui uma relação mais vincada com a library music, e foi por essa razão que não vimos qualquer inconveniente em incluir quatro faixas por edição, diminuindo significativamente o tempo disponível para cada participante. De resto, o mote para a L Series, que constitui um elemento gráfico permanente das edições desta série, é o seguinte: 

Sounds to evoke the uncanny and strange reverberations of misremembered imagery and faded cultural memories, not exactly soundtracks for imaginary films, but imagined soundtracks for the half-forgotten and the half-remembered‘.

Contudo, importa sublinhar que ambas as series servem um propósito semelhante, que é o mapeamento de um campo de sensibilidades partilhado, que se revela pela música e pelo design, mas também pelos processos operativos que dão primazia ao fazer colectivo.”

Para a frente é que é caminho e o selo português já olha para o que aí vem:

“Temos em fase adiantada a L Series #2, prevista para sair no início de Maio, que terá a participação de Listening Center, The Heartwood Institute, Aural Design e Demónio António. 

Em Abril/Maio vamos ter uma edição conjunta com a Nariz Entupido do filme sonoro experimental CHANGES, que Folclore Impressionista apresentou em Lamego a convite do Zigurfest. Esta edição conjunta faz todo o sentido porque foi com a Nariz que Folclore fez os primeiros concertos e editou os primeiros álbuns, em cassete e VHS, os quais, por sinal, até estão bastante próximos esteticamente de CHANGES, que explora as estratégias operativas da psicogeografia e se deixa contaminar pelas alucinações subversivas do folk horror britânico. Na realidade, também agora serão duas edições, uma do filme integral, em VHS, e outra da banda sonora, em cassete.

É possível que ainda este semestre seja editado um novo álbum de Folclore Impressionista em vinil. E no segundo semestre haverá certamente novas edições da H Series e da L Series, e ainda duas ou três edições mais singulares.”


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