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Fotografia: Donna Ibarra
Publicado a: 17/09/2020

Em duas frentes de batalha.

Ruby Ibarra: entre o rap e uma vacina para a COVID-19

Fotografia: Donna Ibarra
Publicado a: 17/09/2020

A importância dos artistas não se esgotou na quarentena – e Ruby Ibarra, rapper da Bay Area via Filipinas, é prova disso. Embora esgote concertos com os seus versos embebidos em jazz, é cientista numa empresa de biotecnologia dedicada a produzir kits para testes de COVID-19 e uma eventual vacina.

Em entrevista com a versão online do jornal San Francisco Chronicle, Ibarra explica que “sempre se interessou por ciência, porque explica o funcionamento do mundo”. A artista justifica a incursão académica com a incerteza do meio artístico, mas a sua curta carreira, até ver, deixa augúrios positivos. Em 2019, apesar de não ter vencido o concurso da NPR – com o objectivo de gravar um concerto acústico para a popular série Tiny Desk –, a rádio pública norte-americana atribuiu-lhe uma menção honrosa.

Uma das canções incluídas na sua submissão era “Someday”, um tributo à sua mãe, com quem emigrou das Filipinas para os EUA nos anos 90. “Compus este disco, porque quero que a minha vida mude/ Farta de ser enganada e tudo permanecer igual/ Pôr os pés fora do avião não acabou com a dor”, expõe nessa que é a terceira faixa de CIRCA91, o seu primeiro álbum (um objecto de culto underground), em que debita versos em inglês e dois idiomas filipinos, tagalog e waray.

Encontra-se agora entre o estúdio e o laboratório, a trabalhar no sucessor, enquanto procura travar a pandemia e dá concertos por streaming com a sua banda Balikbayans. “Sou aquilo de que falo na minha música. Sou pinay [calão em tagalog que significa algo como ‘mulher emancipada’], sou poderosa, sou destemida, sem filtros” – mas com um microfone e com várias provetas.


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