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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/10/2021

Há por aí...

Rita Vian sobre “HPA”: “Gosto de pensar em todas as possibilidades com leveza e com a certeza de que estou na realidade certa”

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/10/2021

Acaba de aterrar o vídeo de “HPA”, o segundo single retirado do EP de estreia de Rita Vian, CAOS’A. Aidan Kless e Vasco Eusébio são os obreiros da parte visual do mais elaborado e ambicioso videoclipe da cantora da Arraial, que conta ainda com a participação (conduzida por Filipe Rico) dos dançarinos Duarte Valadares e Maria Antunes.

Esta novidade chega dois antes do seu próximo concerto em Ponto de Lima, no Teatro Diogo Bernardes, e uma semana antes de ir até ao Teatro Aveirense, duas datas que antecipam o espectáulo mais desejado: a primeira vez em Lisboa, no Teatro Tivoli BBVA, a 26 de Outubro.

Para saber um pouco mais sobre tudo isto, o Rimas e Batidas enviou cinco perguntas a Vian, que abordou esta ideia de colocar em perspectiva outras versões alternativa de si.



Antes de irmos ao videoclipe, consegues falar-me sobre a construção desta faixa em particular, principalmente da letra, que me parece quase uma carta escrita por ti para ti mesma. Como é que surge esta ideia de te colocares no centro de um universo onde existem outras versões de ti que são resultado de escolhas diferentes daquelas que fizeste?

Esta faixa começou com o refrão e, na verdade, foi um processo interessante depois procurar o que rodeava essa ideia da “versão alternativa de mim”, exactamente porque é uma explicação que eu procuro também. Sempre tive este pensamento que as nossas escolhas são tão rápidas e no momento parecem tão simples, e depois de repente abrimos os olhos e muita coisa mudou mas nós não contabilizámos todas as alterações que uma simples decisão podia provocar. Então, imaginava todas as vidas paralelas que eu podia ter se não tivesse feito determinadas escolhas, mudar de casa, o fim de uma relação, etc. Não fico a pensar como podia ter sido, gosto só de pensar em todas as possibilidades com leveza e com a certeza de que estou na realidade certa. Gosto dessa ideia do caos organizado, porque as peças vão encaixar de uma forma ou de outra, e é bonito assistir aos resultados com atenção. Conhecemo-nos melhor neles.

Indo para o vídeo: a ideia original é tua ou deixaste os realizadores interpretarem à sua maneira? Como é que vês o resultado final?

Todos os meus vídeos têm uma idealização mista, e acho que é natural que assim seja. Gosto de fazer parte da produção e da construção da narrativa com os realizadores e chegar ao lugar mais verdadeiro possível e mais fiel possível à música.

Estou muito feliz com ele. O Aidan Kless e o Vasco Eusébio chegaram a um imaginário onde eu queria muito chegar e sinto-me muito concretizada com o trabalho deles e toda a criatividade que trouxeram para este vídeo, desde os bailarinos à idealização do espaço. Foi um processo incansável da parte dos dois e o resultado está incrível.

Estás só a construir não só o teu universo musical mas também videográfico: essas duas partes, para ti, são interdependentes ou os vídeos são mais uma forma de extensão das canções?

Para mim, uma música tem sempre um lado visual, aliás até na maneira como escrevo gosto de ser muito descritiva e objectiva sobre sensações e lugares. Quando se consegue esse casamento entre os dois mundos é perfeito. Sinto que aqui conseguimos isso.

Deste o teu primeiro concerto no Theatro Circo, em Braga. Como foi a experiência?

Foi muito bonito, tudo. O espaço foi o ideal para começar, senti-me em casa mal chegámos e a beleza do Theatro Circo acrescentou muito à inspiração. É uma sensação muito libertadora sentir que as pessoas estão a cantar algo que nós escrevemos, é uma ligação íntima que crias instantaneamente com alguém que não conheces mas no fundo é a mais importante, é a forma como nos sentimos e a vontade que temos de nos expressar que nem sempre chega. Num concerto não só chega como podemos gritá-la, e isso é muito bom de sentir e ouvir.

O que esperas (e o que podemos esperar) para estes próximos concertos, principalmente aquele que vai acontecer no Tivoli, e que imagino eu tenha mais significado e importância para ti?

Entrega acima de tudo. Sou muito feliz a cantar sobre o que sinto e por encontrar pessoas com quem partilho os mesmos sentimentos e pensamentos. 

Sobre o Tivoli é fácil responder porque vai ser a minha primeira vez a cantar em Lisboa, e será certamente uma noite única para mim. Não sei se consigo dizer mais sobre isso, quem puder vir assistir e fazer parte dela ficará na minha memória também.


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