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Texto: ReB Team
Fotografia: Pedro Mkk
Publicado a: 16/03/2022

Está marcado o regresso à aldeia.

Rita Vian, GROGNation, B Fachada, Acácia Maior ou Fado Bicha ajudam a reactivar o BONS SONS em 2022

Texto: ReB Team
Fotografia: Pedro Mkk
Publicado a: 16/03/2022

O BONS SONS, festival de música portuguesa, revelou esta terça-feira (dia 15 de Março) o cartaz da sua 11ª edição – a primeira desde 2020. De 12 a 15 de Agosto, a aldeia de Cem Soldos vai receber vários concertos, entre um total de 50 nomes dispersos por oito palcos. Dois deles — Na Rua e MPAGDP (A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria) – desmaterializam os palcos fixos, para passarem a “habitar a rua” (lema patente no manifesto que realizaram em 2019 e que agora reactivam).

O Palco António Variações assume-se espaço seguro para o hip hop e os seus protagonistas. A 12 de Agosto, esse contingente traz os GROGNation – quinteto de Mem Martins formado por Harold, nastyfactor, Neck, Papillon e Prizko. No dia seguinte, David Bruno – metade dos Conjunto Corona e embaixador do “Portugal B” — reencena nesse palco a expedição do seu último álbum a solo, Raiashopping. No mesmo espaço, aportam no dia 15 os 5ª Punkada – banda formada no seio da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra – e o baile-recital percussivo dos Bateu Matou.

Será no Palco Lopes-Graça que o BONS SONS recebe o soul-funk corpulento de Marta Ren (12 de Agosto), a estreia a solo do saxofonista João Cabrita (dia 13) e o reggae-blues dos Acácia Maior (dia 14). A pop sintética e afadistada de Rita Vian toma de assalto o Palco Zeca Afonso a 12 de Agosto, antes de André Henriques com as histórias cine-musicais de Cajarana. Por aí, também passam as 20.000 Léguas Submarinas de Rui Reininho (dia 14), a pop barroca de André Júlio Turquesa e os Rapazes e Raposas de B Fachada (dia 15).



No dia 12 de Agosto, José Pinhal Post-Mortem Experience, grupo de tributo ao desaparecido cantor de Matosinhos, dão o pontapé de partida no Palco Aguardela, seguidos do veterano DJ A Boy Named Sue. Lá, onde domina a electrónica, os Neon Soho juntam-se ao romântico António Bandeiras (braço-direito de David Bruno) para o cardápio do dia 13. O dia 14 traz DJ Kitten, pioneiro da pista de dança entre Londres e Portugal, e o dia 15 culmina com RIVA (ex-RIVAthewizard).

No palco Giacometti-Inatel, o dia 13 traz a cantautora oureense Bia Maria; o dia 14 alista as composições pessoais e interventivas d’A Garota Não, seguida do manifesto corpóreo dos Fado Bicha – que levaram “Povo Pequenino” ao Festival da Canção 2022. O Giacometti encerra atividade com a performance de Maria Reis, em que o material de A Flor da Urtiga se combinará, provavelmente, com o disco vindouro Benefício da Dúvida.

No palco Carlos Paredes, são ainda de assinalar as performances do guitarrista Manel Ferreira (dia 12) e da flautista ambient Violeta Azevedo (dia 13). Também no dia 13 Toy e Emanuel (não são esses que estão a pensar!) levam flamenco, rumba e mais música cigana ao palco MPAGDP.



[Visita de estudo a Cem Soldos]

Para a apresentação à imprensa, em que o Rimas e Batidas marcou presença, o Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS) inventou um expresso com partida de Lisboa e chegada a Cem Soldos. 

Os tripulantes foram depositados num Largo do Rossio que, ladeado apenas de carros e habitações, deixa a pergunta no ar: como cabem aqui o Palco Lopes-Graça e o Palco Aguardela? Agosto virá para confirmar isso – frase com o habitual asterisco, embora reduzido ao ponto de não adiar novamente o festival, como aconteceu em 2021 (por força da pandemia e das obras de requalificação desse largo).

“Apesar das incertezas que surgem, estamos muito crentes de que, lá para o Verão, seja completamente possível realizar o festival”, afirmou Miguel Atalaia, director artístico do festival e presidente do SCOCS. Tal como em 2019, a comunicação social foi convidada a deambular pela aldeia, com a diferença de ter acontecido em regime silencioso. Munidos de auriculares, os jornalistas receberam no seu telemóvel um audiowalk com entrevistas aos moradores de Cem Soldos – um balanço dos dias e anos de BONS SONS, enquanto aventura de trabalho e comunhão da aldeia em simultâneo.


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