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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 19/01/2024

O guru da produção musical falou com Rui Miguel Abreu.

Rick Rubin, em entrevista ao Expresso: “Inicialmente, o hip hop parecia ser uma outra versão do punk”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 19/01/2024

É um dos livros mais falados no universo da música desde que foi lançado há um ano. O Ato Criativo: Um Modo de Ser teve entretanto edição portuguesa através da Talento Intemporal e é um autêntico guia espiritual criativo por parte do guru da produção musical, Rick Rubin, que se notabilizou por ter impulsionado o rap na indústria da música, muito pela fundação da Def Jam Recordings; mas também por ter vindo do submundo do punk e de ter dado novos fôlegos às carreiras de nomes estabelecidos como Tom Petty ou Mick Jagger, entre tantos outros com quem trabalhou.

Na edição desta sexta-feira do jornal Expresso, vem publicada uma entrevista que Rick Rubin deu ao director do Rimas e Batidas, Rui Miguel Abreu, a propósito do livro e do seu notável percurso na indústria da música. 

“Eu adorava punk rock, outra música que se perfilava contra o establishment. Inicialmente, o hip hop parecia ser uma outra versão do punk: também era música que nascia nas ruas, feita por gente com muito a dizer, gente que tinha uma ideia de como a música devia soar, mesmo sem possuir a educação formal da ‘música séria’ para realizar tal visão. Era música feita pelas gentes das ruas para as gentes das ruas. Esse carácter genuíno e imediato em que tudo parecia ser possível mostrou-me que eu poderia ter um lugar nessa cultura, uma palavra a dizer”, diz Rick Rubin, questionado sobre o que começou por o atrair no hip hop.

O produtor de 60 anos recordou também como foi, por exemplo, trabalhar com Jay-Z e mostrar-lhe o instrumental que se tornaria a base da emblemática “99 Problems”. “Adorou-a. Simplesmente, adorou-a, de imediato. Estávamos a trabalhar há cerca de uma semana quando isso aconteceu. Isto é, eu estava a trabalhar em ideias, e ele visitava-me de vez em quando, ouvia aquilo em que eu estava a laborar e depois ia-se embora. Então, depois desse vaivém de visitas em que foi ouvindo várias coisas que não lhe captaram necessariamente a atenção, ele escutou esse tema e aí, sim, prestou atenção. Quando terminámos a canção, virou-se para mim e perguntou-me: ‘Sabes o que é isto?’ Respondi-lhe: ‘Não…’ E ele disse: ‘Vais perceber, presta atenção.’ Ele teve logo uma visão do tema, da sua importância no mundo, algo que nem eu vi de imediato.”

Ao longo da entrevista, Rick Rubin comentou também sobre o papel da inteligência artificial na música; abordou como foi trabalhar com Johnny Cash; e detalhou o minucioso processo de escrita do livro, entre outros tópicos em destaque.


https://www.youtube.com/watch?v=BEDwz_TNsBs

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