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Mesmo no meio de toda a confusão causada por Will Smith por causa da bofetada que deu a Chris Rock, a edição deste ano dos Óscares ainda teve alguns momentos dignos de nota, nomeadamente a vitória de Questlove e do seu Summer of Soul, que conquistou o prémio de Melhor Documentário.
Em Junho de 2021, João Morado mergulhava na obra para o Rimas e Batidas e garantia-nos que era “a maneira certa de reescrever a história”. “Talvez por estas razões, o epíteto desta obra cinematográfica, ‘…or, When the Revolution Could Not Be Televised‘, em nada se encontre desalinhado das intenções do autor que o inspirou. Gil Scott-Heron foi perentório ao esclarecer que o título da sua célebre música não se referia a uma revolução nas ruas, mas, sim, a uma revolução interior, pois ‘a primeira mudança que ocorre é na mente; tens de mudar a mente antes de mudares a forma como vives e a forma como te moves; […] e isso nunca será captado em filme’. Estava enganado o poeta e músico norte-americano, pois a forma como neste filme o líder dos The Roots e sua equipa captaram a esperança que ressumbrava dos cerca de 300 mil espectadores que passaram pelo Mount Morris Park é de uma genialidade fora-de-série”, escrevia nesse mesmo texto.
Ainda de destacar a vitória de Billie Eilish na categoria Melhor Canção, derrotando nomes como Beyoncé (que actuou na gala), por exemplo, com “No Time To Die“, tema feito para a banda sonora do mais recente filme de James Bond.
A lista completa de vencedores pode ser consultada aqui.
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