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Sai hoje o novo trabalho de Pusha T, a metade significante dos lendários Clipse que Kanye West tem vindo a cultivar para a grandeza absoluta: Darkest Before Dawn foi disponibilizado para stream ontem no Spotify e merece edição oficial hoje mesmo, uma semana antes do Natal chegar.
Darkest Before Dawn apresenta-se como a bonança antes da anunciada tempestade que deverá receber o título de King Push, o verdadeiro sucessor de My Name is My Name. O nome completo, aliás, não deixa margens para dúvidas: King Push – Darkest Before Dawn – The Prelude. Trata-se do If You’re Reading This It’s Too Late de Pusha T, a mixtape que arrefece ânimos e mantém a urgência no mapa, antes da bomba maior rebentar.
E a esse nível, Darkest é uma fonte inesgotável: há muitas rimas que vão ser analisadas e reanalisadas à lupa. Logo na Intro do seu novo trabalho, Pusha T cita o malogrado J Dilla para dar uma ideia da sua própria escala: “The only great I ain’t made better was J Dilla“. Para um MC que já agraciou com a sua arte batidas de gente no topo da pirâmide como Kanye West ou Pharrell Williams, a frase tem muito significado. Até porque Pusha faz questão de dizer que com as suas rimas engrandece até os maiores.
Pusha nunca largou rimas em cima de uma produção de J Dilla pensada à sua medida: o produtor de Detroit faleceu em 2006, ano em que os Clipse editaram o clássico Hell Hath No Fury. Os seus caminhos nunca se cruzaram, mas Pusha homenageia-o logo na abertura deste seu novo trabalho onde, entre tanta outra coisa, contraria outro génio, Gil Scott-Heron, garantindo que afinal a revolução há-de passar na televisão. E cita toda a gente, dos U2 a Eminem, transformando as suas rimas num verdadeiro retrato da cultura pop em 2015. Há muito terreno para desbravar em Darkest Before Dawn.
Para ouvir, enquanto está quente.