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Publicado a: 03/03/2017

ProfJam sonhou e a obra nasceu no Lux Frágil

Publicado a: 03/03/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Diogo Cruz

O relógio marcava as 2h da manhã (hora dura para quem trabalha durante o dia…) quando entrámos no Lux Frágil, mas o propósito era nobre: a estreia de ProfJam naquele espaço emblemático da noite lisboeta. A sala estava composta e o público dividia-se entre fãs, familiares e curiosos que tinham escolhido o local para terminar (ou começar, sabe-se lá) a noite.

DJ Glue assinou o aquecimento e, logo depois, Mike El Nite, ladeado por dois hypemen, tomou o seu lugar, disparando graves pelas colunas. A entrada de ProfJam levou o público, que estava dispersado pela sala, a afunilar-se no centro e foi assim que a sala se manteve até ao fim. No alinhamento, Mixtakes, última mixtape lançada, esteve em destaque, mas The Big Banger Theory também mereceu espaço, juntando faixas introspectivas e lentas como “Festa Privada” ou “4 Elementos” a bangers viscerais como “Contra Mim” ou “Frank Einstein”. Como já é habitual, “Mambo nº1” também não ficou de fora.

 


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Para quem acompanha o rap nacional e os talentos emergentes, Mário Cotrim tem sido nome recorrente na conversa sobre o futuro do rap nacional. Por mais estranho que pareça, “Xamã” e “Matar o Game”, os dois últimos singles editados, foram recebidos com algum descontentamento por fãs do “professor recém-licenciado” que desconfiaram do auto-tune que utiliza como veículo de transporte para as rimas, algo que faz desde o seu primeiro (!) trabalho.

Virando a agulha para os newcomers da Think Music, a oportunidade de mostrar YUZI e Prettieboy Johnson ao seu público não foi desperdiçada por ProfJam. Se o primeiro não conseguiu sobressair, o segundo deixou a audiência surpreendida e entregou “Money Bags”, banger que também está recheado de auto-tune, da melhor forma. Uma surpresa agradável, deva-se reforçar.

 


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Como não poderia deixar de ser, o MC de Telheiras mostrou a sua faceta mais espiritual e foi vincando esse lado nas canções e nos intervalos das mesmas, elevando-se à nossa frente em dois freestyles que mostraram a sua capacidade natural de criar novos sabores e dar outra cor ao imaginário nacional.

Depois de o termos visto em versão Super Saiyan no Teatro da Comuna, ProfJam parece mais calmo e seguro de si, entregando um espectáculo coeso e flawless, algo que nem sempre acontece no rap nacional. Por mais do que uma vez, o CEO da Think Music reforçou que tocar no Lux era um sonho. Do sonho à missão cumprida, a nota foi positiva para o “prof dos putos da nova gen”. O game que se prepare…

 


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