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Publicado a: 27/07/2018

ProfJam: “Eu serei sempre um HydroGénio…”

Publicado a: 27/07/2018

[FOTO] Direitos Reservados

ProfJam acaba de lançar “Água de Coco”, single que faz parte do novo projecto que está a preparar com Lhast. A canção, que foi estreada ao vivo na última edição do Super Bock Super Rock, é a primeira amostra da ligação do artista da Think Music à Sony. O videoclipe é realizado por André Caniços e Miguel Saraiva que, segundo o próprio artista, são “dois grandes talentos da nova geração do cinema”.

Depois de lançar The Big Banger Theory, Mixtakes e uma série de singles que angariaram milhões de visualizações e plays, Mário Cotrim prepara-se para uma nova etapa da sua carreira. Para comemorar, o rapper é o cabeça de cartaz do Samsung Galaxy Live — actua às 22 horas na ETIC e em directo nos vossos telemóveis.

Falámos com o rapper sobre a nova canção e os simbolismos do vídeo, a utilização do Auto-Tune e a entrada de Lon3r Johny para a Think Music.

 



“Água de Coco” não é a primeira (nem a segunda) vez que entras numa faixa que gira à volta da água – já o tinhas feito na “4 Elementos” e “Água Fria”, por exemplo . O que é que significa esta “Água de Coco” e o que é que te puxa tanto para este elemento?

“Água de Coco” simboliza o fácil de ingerir, o expectável, o contido, algo frutado, que se bebe mas não bate. E eu, enquanto artista, tento representar algo diferente da “AdC”, algo que se estranha mas que se entranha, algo psicotrópico. Gosto de provocar sensações diferentes do habitual, por isso é que água de coco sabe a pouco e vou sempre procurar mais e mais. Em relação à questão da água, eu serei sempre um HydroGénio…

Tens estado a explorar novos flows com uma utilização muito específica do Auto-Tune nos últimos sons como o “Gwapo” ou na participação no disco da Isaura. Na “Água de Coco” voltas a trazer algo fresco. Quando vais para o estúdio é isto que tens explorado maioritariamente? É um reflexo também do que tens ouvido ultimamente?

Sim, o Auto-Tune tem sido um dos meus ingredientes favoritos nas minhas receitas. Gosto da estética e ajuda-me a chegar a sítios que a minha voz sozinha nunca chegaria. E a verdade é que tenho melodias lindas na minha cabeça e se as posso trazer, vou trazê-las. E não é apenas um reflexo do que tenho ouvido ultimamente mas também do que já oiço há largos anos, principalmente no dancehall em artistas como Vybz Kartel, Mavado ou Busy Signal, ou então no hip hop como o T-Pain e Lil Wayne. Já brinco com o Auto-Tune há quase uma década.

Mais um vídeo, mais um mistério para descodificar. Os membros da Think Music entram no videoclipe, tens imagens de quando eras mais novo e andas por vários cenários — um deles é uma igreja. Queres levantar um bocado o véu sobre o que se está a passar?

O videoclipe ficou ao cargo de André Caniços e Miguel Saraiva, dois grandes talentos da nova geração do cinema e que me apresentaram este projecto e eu não tive como não seguir viagem com eles. O visual contem vários símbolos: desde a Água representando coisas como cheias, inundações, afogamentos, que é estarmos perdidos em nós mesmos ou no mundo. A Igreja, que representa aqui o templo interior, o lugar onde não nos podemos mentir nem omitir, onde o nosso pensamento simplesmente é. Onde questionamos, pedimos, ganhamos forças e por vezes perdemos também. Mas é lá que vamos quando nos destruímos e queremos reconstruir. A Tasca, onde parte do processo de “destruição” ocorre. A Casa, onde vamos encontrar fragmentos do que já fomos de forma a termos pistas de como conciliar o que já foi com o que é. A Casa e a Família é talvez o nosso maior núcleo e chave para ancorar quem somos de forma a não irmos com o vento. A Festa, a comunhão entre estas variadas células, vários núcleos, que somos todos nós nesta vida. Esta é uma leitura, mas existem muitas mais como qualquer bom pedaço de arte.

Em Fevereiro disseste que estavas a desenvolver “dois projectos em simultâneo”. Este single faz parte de um dos projectos? O que é que podes revelar mais?

Sim, este single faz parte do projecto que estou a realizar com o Lhast. Um projecto de música totalmente nova e diferente. É quase música religiosa ou espiritual. Eu e o Lhast fazemos uma reacção muito específica e quis focar-me nisso e explorar isso com ele. O resultado, se Deus quiser, está para breve.

O Lon3r Johny foi oficializado como novo elemento da Think Music. Como é que surge no vosso radar?

Se não me engano, terá sido o benji. O benji acumula várias funções como é sabido e, para além de ser um Guarda-Redes de classe mundial, é também um Olheiro daqueles. Eles já vinham a bulir numas cenas (Lon3r e Benji) até que sentimos todos que fazia todo o sentido e, quando abordámos o Lon3r, ele mostrou-se receptivo e motivado. Ele tem muita musicalidade e drive dentro dele e é mais uma das cores que vai ajudar a pintar o nosso universo Think Music e a deixá-lo mais bonito. Bem-vindo, Lon3r Johny!

 


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