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Publicado a: 21/07/2018

ProfJam no SBSR’18: não houve game que o matasse

Publicado a: 21/07/2018

[TEXTO] Alexandra Oliveira Matos [FOTOS] Hélder White

O sol queimava ainda às seis da tarde quando Mike El Nite assumiu o seu lugar de DJ para anunciar o primeiro artista português do dia. ProfJam entrou pronto para “Matar o Game”, mas o arsenal sónico que equipava o palco EDP não parecia muito disposto a ajudar no planeado “bombardeamento”. Algo se passou com o sistema de som e por duas vezes o rapper foi obrigado a repetir o número.

Valeu-lhe o amor do público que não arredou pé e até chegou a cantar acapella, dando toda a força ao homem de Mixtakes. À terceira foi de vez e Prof foi devolvendo todo o suporte que a plateia lhe deu desde o primeiro minuto. Com Mike El Nite sempre atento e a incentivar o público, um verdadeiro portento capaz de assumir a dianteira quando se apresenta em nome próprio e igualmente capaz de cumprir com distinção o papel de apoio quando a circunstância o exige. Ainda é necessário acrescentar aqui uma nota muito positiva pela adição da bateria que traz um bass mais encorpado às composições de apontamentos mais estridentes.

Entre músicas da conhecida Mixtakes como “Festa Privada” e “Queq Queres”, o alinhamento teve “Uaia”, “Yabba”, “Mortalhas”, a mais recente “Gwapo”, tema que conta com YUZI que também se juntou à celebração, ou a estreia de “Água de Coco”. Vestido de branco e com uma mudança na cor de cabelo que salta, loiro, à vista, ProfJam quis representar — com qualidade — o trap que se faz em Portugal. Mas não se divorciou do Mário Cotrim do passado e por duas vezes mostrou que sabe fazer vários flows com incontáveis palavras dentro. Um esforço de se tirar o capuz e, parece-nos, uma porta aberta pelo patrão da Think Music para que a Zona T invada os próximos festivais.

Não será de espantar se ProfJam tiver já lugar reservado no alinhamento do SBSR de 2019: a sua actuação entusiasmou o público que acorreu em número muito significativo ao generoso espaço que se estende debaixo da pala do Pavilhão de Portugal, um sinal claro de que há novas estrelas a erguerem-se neste firmamento.

No horizonte está, ficámos a saber, um novo álbum com produção de Lhast, ainda sem título ou data anunciada. Novidades frescas reveladas por ProfJam na entrevista que mostraremos em breve.

 


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