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Publicado a: 17/10/2016

Pedro Tenreiro: “No Sleep Till Brooklyn” e o “Fight For Your Right” eram verdadeiros enche pistas!”

Publicado a: 17/10/2016

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Direitos Reservados

Licensed To Ill, álbum de estreia dos Beastie Boys, foi um vigoroso exemplo pioneiro de miscigenação entre hip hop, rock e punk no universo mainstream e, passados 30 anos do seu lançamento, é reeditado em vinil. 15 de Novembro de 1986 é, para muitos, a data que marca a primeira invasão do rap enquanto força-motriz da indústria musical – foi o primeiro álbum hip hop de sempre a ser número um no Billboard 200 Chart. O ReB foi falar com artistas, divulgadores culturais e jornalistas sobre a importância do disco nas suas vidas. 

 


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Pedro Tenreiro é responsável pela rubrica Poder Soul na Antena 3, e, tal como mostra no programa que apresenta na rádio, o passado continua bem presente na sua memória. Não é diferente quando recua até ao momento da edição de Licensed To Ill: “Punha discos no mítico Lux, no C.C. Dallas, aqui no Porto. Foi uma fase de transição em que tudo era pretexto para acrescentar novidade ao chamado som da frente vigente, desde o Hip Hop ao House, passando pelo Electro e pelo Go-Go, os Talkings Heads, os Clash, os Gang of Four ou os Comateens continuavam a alimentar a pista mas ao lado do Farley Jackmaster Funk, dos Mantronix, dos Run D.M.C. e, claro, dos Beastie Boys: o “No Sleep Till Brooklyn” e o “Fight For Your Right” eram verdadeiros enche pistas!”

Tal como Joaquim Albergaria, o primeiro convidado a falar sobre o álbum de estreia dos Beastie Boys, o DJ e radialista acredita que, apesar de lhe reconhecer alguma importância, o primeiro trabalho não teve o impacto de outros: “Muito sinceramente, para além da atitude, que tem muito de punk, não acho que musicalmente o disco tenha deixado grandes marcas, sendo que evidentemente ajudou a abrir o mercado editorial ao hip hop. O Paul’s Boutique e o Check Your Head são, nesse aspecto, mais marcantes. O primeiro porque leva o sampling para outro nível e o segundo porque sim!!!”

Uma das dádivas da produção de hip hop foi o sampling, algo corroborado de forma entusiástica por Pedro Tenreiro: “Aquilo que sempre me apaixonou no hip hop e que vejo como a sua grande contribuição para a história é o sampling O sampling como ponto de partida. Aliado ao rap ajudou a moldar novas formas de compor e de estruturar canções, formas completamente revolucionárias. Sem o Paul’s Boutique ou o 3 Feet High and Rising ou o People’s Instictive Travels and the Paths of Rhythm ou o Paid in Full ou o Step in the Arena ou o Mecca and the Soul Brother, só para citar alguns, não teriam existido Portishead ou Daft Punk, por exemplo. Agora pensem no que seria tudo sem nada disto…”

 


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