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Fotografia: Pedro Jafuno
Publicado a: 26/07/2021

Romantismo artificial.

Peak Bleak mostram-nos o lado emocional do drone com Plastic Love

Fotografia: Pedro Jafuno
Publicado a: 26/07/2021

“Pode o ruído ser romântico? É verdade que o volume alto ajuda a meditar? A noise music pode ser altamente emocional? Será que a densidade nos faz flutuar?” São estas as principais perguntas a que os Peak Bleak tentaram responder em Plastic Love, o novo disco do duo composto por António Silva aka Sal Grosso, e Bruno Pereira aka Aires, que é lançado esta segunda-feira, dia 26 de Julho. O disco sai pelo Coletivo Farra, do Porto, está dividido em duas partes e terá uma versão física em formato cassete, limitada a apenas 40 unidades.

As peças foram criadas “através das emanações eléctricas de três transformadores”, que “foram captadas com um pickup eletromagnético e depois moduladas e retrabalhadas em tempo real na cave do Desterro”. Os próprios artistas definem Plastic Love como uma obra repleta de “rugosidade, feedbacks e assombrações de melodias fragmentadas. Noise efémero e fogo carinhoso, inspirado na eterna Mariya Takeuchi.”

Durante os 15 minutos de cada uma das peças, há uma imersão total numa densa camada que nos transporta para um mundo que cruza o ambient e o noise, enquanto se transmuta e nos causa diferentes e intensas sensações, algumas mais sinistras que nos apertam a respiração, outras mais melancólicas que nos sustêm no ar cada vez que um novo acorde surge por entre as linhas que escrevem o drone. Mas sempre com uma delicadeza que até mesmo nas partes mais ruidosas prevalece.

É possível ouvir e comprar o disco no Bandcamp. As perguntas levantadas pelo duo têm, na verdade, de ser respondidas por nós a cada audição nova que fazemos, a cada sensação que experienciamos. Resta-nos ouvidos atentos, coração aberto e fé no drone.


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