No próximo dia 22 de novembro, o padrão dos descobrimentos será palco de um encontro que procura celebrar as múltiplas vozes, sons e poéticas que têm moldado e desafiado a história de Portugal ao longo dos últimos 50 anos. O evento propõe uma “escuta atenta” e um “diálogo que vá além das narrativas nacionalistas e lusotropicalistas”, explorando hinos alternativos que refletem a diversidade cultural da sociedade portuguesa e suas diversas perspetivas estéticas, sociais, políticas e geracionais.
O evento é organizado pelo CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia e divide-se em quatro círculos de escuta, cada um com uma hora, conduzidos por um conjunto de convidados, incluindo músicos, investigadores, jornalistas e ativistas. Entre os convidados do evento estão os músicos Selma Uamusse, Chalo Correia, Mynda Guevara e Cícero Mateus, os artistas e investigadores André Xina e Henrique J. Paris, ou os jornalistas Bruno S. Dinis e Elias Celestino, da BANTUMEN, e Ricardo Farinha, redator principal do Rimas e Batidas e autor do livro Hip Hop Tuga — Quatro Décadas de Rap em Portugal.
A comissão organizadora do evento é composta pelo antropólogo, investigador e colaborador do Rimas e Batidas João Mineiro, a antropóloga Teresa Fradique, autora do livro Fixar o Movimento: representações da música rap em Portugal, e André Castro Soares, autor da recente tese Semba enquanto património imaterial: políticas, imagens e sonoridades da cultura em Angola.
No dia do evento estará também em exibição a exposição “Álbuns de Família: Fotografias da Diáspora Africana na Grande Lisboa (1975-hoje)”, com curadoria de Filipa Vicente e Inocência Mata, que poderá ser visitada.
Este encontro, apoiado pela plataforma BANTUMEN e pelo Rimas e Batidas, insere-se na campanha “Abril é Agora”, que celebra os 50 anos do 25 de Abril lembrando a história da resistência à ditadura e ao colonialismo e convocando a memória dessas lutas como instrumento para pensar os desafios e os combates do presente.
O programa do encontro é o seguinte: