Ao consultar a página do Facebook dos The Secret Museum Of Mankind, os mesmos apresentam-se como “Música de todo o mundo e de todo o tempo”.
Seguindo a pesquisa e chegando ao microsite da Culturgest sobre o concerto de 20 de Abril, em Lisboa, surge-nos o título World’s Greatest Collection of Strange & Secret Photographs. Como se pode ler, “um livro inicialmente publicado em Nova Iorque” com “554 páginas e 994 fotografias de rituais, crimes, cultos, armas, vestes, tradições, mulheres, homens e crianças” dos cinco continentes representados. Continuando, e um pouco mais abaixo — “em 1990, pela mão de Pat Conde e da Yazoo Records, voltámos a viajar a locais mais exóticos. Desta vez, com uma compilação de cinco volumes de música nigeriana, argelina, búlgara ou javanesa, captada entre 1925 e 1948.”
De vários livros, de vários discos de compilações de imagens e sons chegamos ao concerto, que e apesar de mesmo ele ter sofrido vicissitudes várias, terá lugar no palco da Culturgest — João Nicolau (voz, ukulele, cuatro, percussão), Mariana Ricardo (voz, cuatro, cavaco, guitarra, percussão), João Lobo (bateria, percussão, voz), Luís José Martins (guitarras, machete, percussão, voz), Crista Alfaiate (voz, percussão) e Rita Sá (vídeo).
Numa época em que o quotidiano se ocidentaliza e fecha numa Europa cada vez mais estreita e cada vez mais encolhida bem para cá dos Urais, é aconselhável a audição deste concerto não como movimento escapista mas na esperança de que conhecendo música “de todo o mundo e de todo o tempo” nos conheçamos um pouco melhor e sejamos capazes de valorizar aquilo que nos tem como universais e universalistas.