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A Orquestra Sinfónica Portuguesa prepara-se para riscar da lista de desejos a sua primeira actuação no icónico Carnegie Hall, naquela que será também a sua estreia em território norte-americano. No dia 11 de Outubro, o conjunto encerra as comemorações dos 40 anos da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) com uma nova apresentação de “Amália na América – Além do Fado”.
O espectáculo, sob a batuta do maestro Jan Wierzba, propõe uma releitura audaciosa do legado de Amália Rodrigues. A presença de três dos mais distintos intérpretes do fado contemporâneo — Cristina Branco, Raquel Tavares e Ricardo Ribeiro — não se limitará a evocar a voz da fadista, mas a dialogar com a sua faceta mais cosmopolita e menos explorada. O programa, que inclui desde o cancioneiro tradicional até às canções da Broadway que Amália gravou, pretende demostrar que a sua arte era um universo expansivo, não confinável a um único género. A encomenda de novos arranjos a cinco compositores de excelência sublinha esta vontade de oferecer uma visão contemporânea e sofisticada, desafiando quaisquer percepções redutoras da música portuguesa.
Esta noite histórica é, acima de tudo, uma operação de resgate de um momento seminal: o concerto de 1966 no Hollywood Bowl com a Orquestra Filarmónica de Los Angeles. Ao recriar esse feito no Carnegie Hall — palco de dois triunfos anteriores de Amália (1952 e 1975) —, Portugal não apenas homenageia o seu ícone máximo, mas reposiciona-o no panorama internacional como uma artista universal.
Em 2024, o espectáculo “Amália na América – Além do Fado” passou pelo palco do Centro Cultural de Belém. O registo completo desse momento pode ser visto no vídeo abaixo.
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