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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 19/10/2021

De Sérgio Godinho a Renaud Garcia-Fons.

OCENPSIEA e os discos formativos para cada um dos seus membros

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 19/10/2021

Esta quinta-feira, dia 21 de Outubro, os OCENPSIEA tocam pela primeira vez em Lisboa. A estreia acontece no Lux Frágil a propósito da quarta edição das Noites Azuis, conceito original de Rui Miguel Abreu que nasceu a partir da coluna e do programa de rádio — a primeira podem encontrar em rimasebatidas.pt, a segunda na RTP Play.

Antes de fazerem a viagem de Braga até à capital — e ainda há bilhetes à venda, por isso não se acanhem –, o Rimas e Batidas desafiou os membros da banda, João Nuno Teixeira Vilaça, Tomás Alvarenga, Gonçalo Lopes e Francisco Carneiro, para escolherem álbuns que tivessem sido importantes para a sua formação enquanto músicos e pessoas.



[João Nuno, baterista] O Irmão Do Meio, Sérgio Godinho (2003)

“O Irmão Do Meio foi um álbum que marcou muito a minha infância. Sempre que fazia uma viagem longa de carro, era o disco que eu pedia aos meus pais para porem. São as vastas colaborações com outros grandes artistas que caracterizam este álbum, e, consequentemente, fazem com que este seja extremamente versátil e cativante, ao ponto de me fazer ficar entretido numa viagem de Braga até à Régua. É um projecto que ainda hoje oiço com um fascínio enorme e talvez tenha sido ele a fazer com que eu esteja sempre à procura de colaborar com outros artistas.”



[Gonçalo, baixista] Légendes, Renaud Garcia-Fons (1993)

“O disco Légendes (1993) de Renaud Garcia-Fons foi um álbum que me foi mostrado pelo meu pai durante a minha infância. Lembro-me que ouvir este disco numa fase inicial da minha aprendizagem musical me fez reflectir sobre a imensa vastidão de caminhos que a música nos permite explorar. Sendo eu contrabaixista, Renaud Garcia-Fons tem sido e será sempre um contrabaixista de referência para mim, a forma como encara a performance a solo ainda hoje me fascina. Ao ouvirmos o seu trabalho podemos encontrar traços musicais de várias origens, acrescentados de um impressionante virtuosismo e maturidade musical.”



[Tomás, teclista] The Wall, Pink Floyd (1979)

“A música dos Pink Floyd, mais concretamente do álbum The Wall, de 1979, foi um dos primeiros contactos que tive com a música ainda em tenra idade, já que era uma das bandas predilectas do meu pai. Em concreto, foi o DVD do concerto ao vivo que Roger Waters deu em Berlim em 1990, na comemoração da queda do Muro de Berlim, que deu início ao meu fascínio pelo mundo da música e do espetáculo. Assistir a toda aquela performance épica, com todos aqueles convidados especiais, toda a teatralidade envolvida, o cenário, a música… tudo isso marcou-me imenso e ainda hoje faz parte de mim e da minha criação artística.”



[Francisco, teclado e guitarra] Waltz for Koop, Koop (2001)

“Não me lembro de viver sem ter todo este álbum a rodar na minha cabeça. Se vivi, foi no meu primeiro ano de vida. Sendo um ‘Bébé 2000’ e tendo o meu pai comprado o CD pela altura em que este saiu, vivi pelo menos um ano e pouco sem ele. Rodei, rodaram e pedi para rodar o álbum vezes e vezes sem conta. Todos sabemos aquela sensação de ouvir até ao ponto em que dizemos, ‘já enjoa ouvir isto!’ e todos também sabemos aquele álbum que sempre nos acompanhou e simplesmente isso não permite que tal aconteça. Waltz for Koop é um álbum de cores, classe, simplicidade, carisma, entretenimento e companhia. Não é curto, nem longo. Não é ruidoso nem música de elevador. Tem tanto de complexo como de simples. Sabe bem. Os pratos da mãe ou da avó sabem sempre bem e quando somos mais novos não sabemos porquê. Entretanto, quando crescemos, descobrimos a função do sal e percebemos… Waltz for Koop tem sal na dose perfeita. Agradeço por ter crescido com sal na dose perfeita. A minha médica de família também agradece.”

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