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Publicado a: 10/03/2016

Obra pioneira de Egyptian Lover reunida em antologia

Publicado a: 10/03/2016

[FOTO] Direitos Reservados

“What is a DJ if he can’t scratch? / What is an MC if he can’t rap?”. A frase, incluída num tema escondido no lado B do maxi Egypt, Egypt de 1984, tornou-se obrigatória em qualquer batalha de DJs e ajudou a transportar o nome de Egyptian Lover para o futuro. O alter-ego de Greg Broussard tornou-se sinónimo de electro e as suas produções, largamente apoiadas em caixas de ritmos como a TR-808, funcionaram como uma ligação directa entre o funk cósmico do eixo Parliament/Funkadelic de George Clinton e a década de 80. O trabalho pioneiro de Egyptian Lover vai agora ser reunido numa antologia de 4 LPs que será editada a 15 de Abril pela Stones Throw.

Egyptian Lover 1983-1988 contém material que foi fundamental para apontar o caminho a Dr. Dre e à sua World Class Wreckin’ Cru, a Ice-T ou a King Tee e Dj Pooh, entre outros. Broussard começou como tantos outros dos seus contemporâneos: cresceu a ouvir uma rigorosa dieta de Kraftwerk, Prince, Zapp, Rick James e electro pop europeu e mais tarde começou a criar as suas próprias mixtapes a partir desse material. Foi quando começou a acrescentar a essas mixtapes alguns beats primitivos criados na TR-808 que as suas cassetes se começaram a vender, normalmente à porta dos clubes de Los Angeles. Não demorou para que Broussard começasse também a rimar em cima dos beats para tornar as suas mixtapes ainda mais personalizadas. Foi assim que nasceu a personagem Egyptian Lover.

 

https://www.youtube.com/watch?v=AnYGPVp3e8w

 

O Uncle Jammy’s Army, colectivo de electro-rap, foi a sua etapa seguinte. Como parte desta crew, Egyptian Lover chegou a tocar para multidões de 10 mil pessoas em arenas de Los Angeles, ouvindo hits como “Dial a Freak” a serem cantados por milhares de miúdos apaixonados pela tradução de futuro que este som oferecia. Ao mesmo tempo, enquanto dono da etiqueta Egyptian Empire, Broussard provou ser um arguto gestor de carreira vendendo milhares de cópias dos seus maxis no circuito independente. Essa feroz independência manteve-se até aos dias de hoje: 1984 é o título do mais recente álbum de Egyptian Lover, lançado em 2015 e gravado inteiramente em equipamento analógico da era a que o título se refere. Marcou a interrupção do silêncio que durava já há mais de uma década e motivou este seu reencontro com o presente que agora reconduz à sua memória pela mão da Stones Throw que também anunciou para breve uma reedição especial do clássico Egypt, Egypt numa embalagem em forma de pirâmide!

A nova antologia virá acompanhada de um livro de 20 páginas com fotos de arquivo e detalhadas notas de Jeff Weiss.

egyptian lover box

 

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