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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 13/09/2019

Mirai, Bizzy, Nedved e Lazuli são os nomes que vão disputar a finalíssima.

O Game está quase a terminar: só falta escolher os vencedores e celebrar ao vivo os novos talentos

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 13/09/2019

A caminhada começou em Junho e, três meses depois, prepara-se para chegar ao fim: O Gameterá uma equipa vencedora na próxima quarta-feira, 18 de Setembro, dia em que acontecerá uma “All-Star Party” no Musicbox, em Lisboa, onde actuarão todos os talentos que passaram pela competição da WTF com a Think Music.

As duas músicas da “Final Battle” já estão disponíveis: Mirai e Nedved juntaram-se para “Marca” e Bizzy e Lazuli uniram esforços para “Believer”. Durante a festa — que também terá transmissão em directo no YouTube –, a vitória será entregue a uma das duplas por um júri composto por membros da editora liderada por ProfJam.

Antes desta jornada terminar, o Rimas e Batidas conversou com benji price, nome dos bastidores d’O Game que nos falou sobre expectativas, objectivos e “novos talentos do rap português”.



Antes de mais, explica-nos qual foi o teu papel nesta competição.

A minha função principal foi servir como a ponte entre os três mundos envolvidos (Think, WTF e os participantes) ou seja, tratar de todas as tarefas e comunicações necessárias entre as partes para o realizar do projecto. Noutras palavras, eu fiz o dia-a-dia de acompanhar o processo de captação das músicas, dizer o que eles tinham de fazer em geral, bem como misturar/masterizar/etc. para assegurar que tudo decorria de forma tranquila e eficiente. Em segundo plano, desempenhei mais uma função um pouco mais de mentor, debatendo com os concorrentes as expectativas deles, o que poderiam fazer em cada uma das fases, bem como tentar transmitir conhecimentos acerca indústria musical no nosso país que achasse importante para as carreiras.

Quais eram os objectivos iniciais da Think Music quando se juntou à WTF para esta competição e de que forma é que se foram alterando até ao final?

Nós decidimos entrar neste concurso porque achámos que seria uma extensão natural do que achamos que a Think já tem feito nestes últimos três anos — a promoção de novos talentos do rap português. Um dos nossos maiores objectivos enquanto label é trazer à tona artistas que nós achamos interessantes e que trabalhem sonoridades que não sejam associadas à ideia “tradicional” do que é o rap português, e nesse aspecto sentimos que executámos aquilo a que nos propusemos com bastante eficácia. O objectivo final sempre foi esse, e quer-me parecer que o cumprimos.

Acabaram por juntar um grupo de nomes interessantes, alguns com buzz a um nível regional e outros mais desconhecidos. Olhando para trás, achas que chamar nomes emergentes com algum following acabou por ajudar a que apresentassem uma qualidade média mais alta?

Sem dúvida. Obviamente que a ênfase foi sempre em procurar artistas que ainda não tivessem um projecção forte no panorama generalista do hip hop tuga, mas também nunca quisemos colocar a pressão em cima de nós de termos de encontrar talentos absolutamente desconhecidos que só cinco pessoas ouviram falar. Nesse sentido, acho que fez todo sentir incluir um Valdir ou um Manthinks, artistas que já conseguiram obter alguma popularidade por conta própria, mas que ao mesmo tempo não se pode dizer que são nomes “familiares” ou “óbvios” para o público mainstream. Lógico que seria incrível poder incluir só pessoas totalmente inesperadas (caso do Gugainna, por exemplo, nunca tínhamos ouvido falar dele), mas realisticamente também nunca iríamos desqualificar pessoas só porque têm um pouco mais de buzz que o expectável. E no final de contas, o critério decisivo sempre foi talento: nós escolhemos estes 12 participantes porque achámos sinceramente que eram os talentos mais interessantes de trabalhar entre as centenas de candidaturas que tivemos. Isto não quer dizer que não tenha havido outras pessoas igualmente talentosas que, com muita pena nossa, tivemos de deixar de fora, porque havia um número restrito de quem podia participar.

Individualmente, quais foram as maiores surpresas? 

Pode soar a resposta genérica ou politicamente correcta, mas foram todos. Digo todos porque foi uma lufada de ar fresco ver o quão ousados eles foram nas músicas que fizeram, e todos os riscos artísticos que tomaram. Acho que poderiam ter entrado com uma mentalidade de “vou só fazer músicas fáceis e catchy”, mas acho que todos trouxeram um grau de experimentalismo muito interessante.

Este “jogo” quase que pareceu servir mais como academia do que propriamente uma competição. A ideia será a Think Music continuar a trabalhar com alguns destes artistas e pensar numa segunda edição d’O Game?

Se a oportunidade se proporcionar, claro. Tão cedo não tencionamos fazer uma segunda edição pela envergadura do projecto e o volume de trabalho que ele exige, mas sem dúvida que gostaríamos de repetir se surgir um momento em que faça sentido fazer de novo. Da mesma forma, também gostaríamos de colaborar com cada um dos participantes no futuro, se fizer sentido e houver interesse de ambas as partes. Aconteça o que acontecer, iremos sempre acompanhar e apoiar os seus percursos individuais e desejo muito sucesso a todos nas suas carreiras.


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