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Fotografia: Fábio Silva
Publicado a: 06/10/2021

Ligação Porto-Margem Sul.

O “Cypher do Marginal” é “uma reunião de amigos a cuspir rimas num beat e a mostrar o amor pela arte”

Fotografia: Fábio Silva
Publicado a: 06/10/2021

No dia 5 de Outubro de 2021, a Mano A Mano decidiu mostrar com que linhas se cose um “Cypher do Marginal” e chamaram Keso para preparar um instrumental à medida — e Pedro Quaresma assina a mistura e masterização do tema.

No videoclipe, o realizador Fábio Silva parece prestar homenagem a Hype Williams e ao trabalho que fez com a Griselda em “DR BIRDS“. Mas aqui o que interessa mesmo são as barras, e dessas há muitas, divididas em doses iguais por Kulpado, TOM, Jay Fella, MLK Mau Aluno, Silab e TNT — o último respondeu a três perguntas sobre esta faixa que provavelmente será interpretada ao vivo numa próxima edição do Natal do Marginal. Cruzem os dedos.



“Cypher do Marginal” com beat do Keso. Como é que este beat vos chega e o que é que vos impeliu a fazer uma cypher com ele?

Esta colaboração acontece num contexto de pandemia, final de 2020, ano em que iríamos participar num evento que o Keso organiza todos os anos, mas que não foi possível pelas razões que todos sabemos. Decidimos assinalar a data com um cypher mas não nos foi possível na altura por questões de agenda. Um ano passou e acontece agora para comemorar esta nova abertura, que é incrível para todos.

As cyphers em Portugal já não são assim tão comuns, mesmo que existam cada vez mais rappers por metro quadrado. Qual é, para ti, a importância deste formato?

O conceito por trás do cypher é demonstração de skill e superação. É quase um upgrade da roda de freestyle, um pouco mais elaborado talvez. Num período em que a maioria dos rappers estão preocupados em fazer canções com estrutura convencional de refrão e etc., é importante voltar ao básico, recordar a todos como é que chegamos até aqui. Skills de rima e flow numa batida, seja de que estilo for. E no final do dia isto acaba por ser uma reunião de amigos a cuspir rimas num beat e a mostrar o amor pela arte.

Há aqui um importante encontro de gerações. Mais do que uma passagem de testemunho, é uma maneira de dizer que todos estão em forma e prontos para as curvas?

Era impossível dizê-lo melhor. Estamos todos aqui para as curvas. TOM, Silab e Jay Fella são dos mais fortes da geração deles, M.A.C. e MLK Mau Aluno continuam relevantes e com novos trabalhos mesmo a sair. A Margem Sul respira saúde com a Mano A Mano e com todas as crews de rap que têm surgido nos últimos anos.


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