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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 20/06/2022

Inclusivos, contemporâneos e atentos à realidade.

Nuno Monteiro: “O Impulso tem a felicidade de contar com uma equipa de programação jovem e atenta às novas tendências”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 20/06/2022

Aires, Branko, Chima Hiro, Clothilde, Club Makumba, Conjunto Corona, Dakoi, Fogo Fogo, Hidden Horse, King Kami, Luís Pestana, Maria Reis, NAH, Nídia, O Gringo Sou Eu, Odete, Puta da Silva, rally fantasia, Scúru Fitchádu, TAAHLIAH e Tomasa Del Real são alguns dos nomes que o Impulso programou para a edição deste ano.

Nos dias 23, 24 e 25 de Junho, o festival nas Caldas da Rainha vai receber “artistas emergentes e outros mais consagrados” num “regresso ao Parque D. Carlos I”. Para percebermos como se pensa um evento que teve de passar por uma pandemia (e adaptar-se a essas circunstâncias), estivemos à conversa com Nuno Monteiro, o director artístico do Impulso.



Queremos começar pela pandemia e pelas mudanças que vos obrigou a fazer. A alteração de formato dos últimos dois anos trouxe alguma coisa de positivo para esta versão de 2022 do festival? 

Sim, foram anos em que cimentámos a nossa equipa e ao mesmo tempo criámos uma maior presença na cidade e na Região Oeste com o sucesso do ciclo de 24 concertos que promovemos no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha. Mas estamos muito contentes por voltar ao formato de 2019. É um regresso ao Parque D. Carlos I, à natureza, ao convívio e, já confirmado pela meteorologia, às noites de Verão.

Quando estavam a preparar o cartaz deste ano, qual era a mensagem que queriam que se retirasse quando se olhasse para todos estes nomes juntos?

Queríamos sobretudo deixar estes últimos anos para trás, esquecer a turbulência e projectar um evento inclusivo, contemporâneo e atento às realidades que nos preocupam. Mas, ao mesmo tempo, assumir que precisamos de nos divertir e de expor o nosso público a uma experiência oposta à que partilhamos nos últimos dois anos, em auditório, um pouco mais séria e “institucional” com lugares sentados. Agora é para dançar.

Há um novo espaço para o clubbing. A que se deve esta novidade? 

Este ano decidimos apostar num espaço redesenhado de clubbing, de forma a podermos receber mais pessoas, dar mais condições a quem nos visita e divertirmo-nos até mais tarde sem incomodar os “vizinhos”. Desta forma passámos o clubbing para a zona industrial da cidade onde teremos um transfer que vai funcionar toda a noite para levar o nosso público a uma celebração que vai durar até de manhã. Este ano contamos também com vários artistas internacionais no clubbing, inclusive algumas estreias em Portugal, entre os quais destacamos a TAAHLIAH, o Merca Bae ou Virgen María.



Dois dos momentos que saltaram mais à vista foram a programação da estreia de NAH em Portugal ou a primeira apresentação de rally fantasia. Podem guiar-nos pela forma como pensam em quem programar?

Temos a felicidade de poder contar com uma equipa de programação jovem e muito atenta às novas tendências musicais, além de muitos amigxs e parceirxs (como o Grémio Caldense ou a Dakoi) que constroem connosco este cartaz. É um processo colaborativo, de troca de ideias e referências, que queremos que produza um conjunto de experiências transversais, espectáculos com margem para que coisas novas aconteçam. Entre artistas emergentes e outros mais consagrados, pretendemos que o nosso público venha à procura da descoberta e aberto a experiências habitualmente não tão comuns nos festivais mais mainstream.

Em termos de expectativas, que concertos estão mais alto na lista?

Temos muitos concertos que achamos que vão ser verdadeiramente únicos. Temos a Maria Reis que vai tocar em duo com a sua irmã (Júlia Reis) num concerto especial, a estreia da Puta da Silva em formato banda num palco desta dimensão, os VVV a tocar pela primeira vez fora de Espanha (serão, provavelmente, enormes daqui a uns anos), a Virgen María ou o regresso dos Pluto, que estamos todos muito curiosos para rever. É sempre injusto destacar uns e outros não, achamos genuinamente que neste contexto do Parque D. Carlos I muitos dos espectáculos serão uma experiência a recordar.

Tendo em conta o populado universo de festivais nacionais que acontecem, como é que olham para o choque de datas com outros da mesma índole como o MUPA, em Beja? De uma forma positiva ou há a necessidade de pensar de forma mais colectiva estas questões?

Sim, concordo que temos de pensar esta questões de forma mais colectiva, criar redes e perceber que podemos partilhar programação, contactos e inclusive dividir despesas. Este ano tivemos em contacto com o MUPA para partilharmos alguns artistas e voos, mas por questões de agenda, timings e programação não se chegou a confirmar. De certeza que nos próximo anos estreitaremos esses laços.


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