pub

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 26/08/2019

O jornalista e radialista anunciou esta manhã a criação de uma nova revista digital.

Nuno Galopim sobre o Gira-Discos: “Gosto de escrever todos os dias…”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 26/08/2019

Gira Discos é o nome da nova publicação digital de Nuno Galopim. Este novo projecto foi anunciado hoje de manhã com a partilha de “um dos primeiros textos”, uma entrevista com Rui Miguel Abreu, director do Rimas e Batidas.

Falámos com o jornalista (e protagonista de outras aventuras digitais como o Sound + Vision e a Máquina de Escrever) sobre as razões que levaram à criação deste projecto e o que podemos esperar para um futuro próximo.


As confissões de um colecionador: Rui Miguel Abreu

Veterano do jornalismo musical e incansável divulgador de música, o Rui Miguel Abreu é ávido colecionador de discos. É a alma da revista digital Rimas e Batidas (que dirige) e podemos lê-lo também regularmente na BLITZ e escutá-lo na Antena 3. Agora é tempo para as suas confissões… de colecionador…


Como nasceu a ideia do Gira Discos e qual o seu objectivo principal?

Gosto de escrever todos os dias. É um pouco como ir ao ginásio: sabe bem e agiliza o “músculo” (o da escrita). Desde 2005 tenho criado blogues (o Sound + Vision, com o João Lopes) e revistas digitais (a Máquina de Escrever, com vários amigos, muitos deles jornalistas) para ir falando dos muitos interesses que tenho, que vão do cinema à banda desenhada, dos museus à ficção científica (e ficava aqui uns minutos a enumerar coisas…). Pensei em focar as ideias. Escolher um tema e, ao mesmo tempo, fazer um “projecto a solo”… E ao escolher o assunto acabei por apontar azimutes ao que mais me interessa: os discos. E com os discos poder partilhar com quem quiser ler as histórias que estão em volta da minha relação com eles. O que nos dão a ouvir, que histórias guardam… E, depois, falar também do gosto de os procurar, de os coleccionar. E isso levou a pensar que seria interessante criar um espaço que fale do coleccionismo, das lojas de discos, além de falar dos singles, máxis e álbuns que são, afinal, a matéria prima deste gosto por ter música em casa. Nada contra quem só a escuta em streaming (também o faço no carro)… Mas procurar e levar para casa um disco de que se gosta, ou que se vai escutar porque a capa era fixe e deu vontade de o levar para casa, é ainda melhor do que um bom chocolate!

Que tipos de conteúdos pretendes abordar nesta tua nova aventura editorial?

Os conteúdos têm a ver, por um lado, com o “digging” e, por outro, com os discos que podemos procurar e ter na colecção. Vou por isso falar frequentemente com coleccionadores – para que partilhem as suas demandas, felicidades e dramas (estes costumam ter a ver com a gestão do espaço em casa para guardar os discos) – e com as lojas e feiras que andam por aí, tanto entre nós como lá fora. Sim, porque tanto visito museus como lojas de discos na hora de ser turista. Depois vou falar de discos arrumando-os em “colecções”… Gosto de singles, por isso haverá histórias de discos de “45 RPM”. Gosto de álbuns que ficaram um bocado esquecidos. Por isso na secção “Replay” mais facilmente vou recordar um LP da Cath Carroll ou dos Definition of Sound ou Dream Warriors do que dos U2… Há uma outra secção para falar de “Raridades”, ou seja, aqueles tesourinhos (por vezes carotes) que vão aparecendo por aí… E vou passar para aqui uma lista que tinha começado na Máquina de Escrever, a que chamei “100 Discos (Daqueles que habitualmente não surgem nas listas)” que vai recordar álbuns magníficos mas que costumam ficar de fora daquelas listas das “Uncuts” e “Rolling Stones” da vida… Há uns Tops ao sabor “dez discos sobre isto ou aquilo”… Há depois espaço para notícias, para falar de novas edições e “novas” reedições e ainda um terreno para livros e filmes (e programas de TV) que falem sobre discos, música ou até mesmo lojas e coleccionismo.

Que tens planeado para breve?

Entre as cenas dos próximos capítulos estão já “confissões” de mais coleccionadores. Depois do Rui Miguel Abreu haverá mais jornalistas e radialistas, mas também músicos e coleccionadores cuja profissão nem terá nada a ver com música (mas que gostam de discos). Nas lojas estou a visitar as de Lisboa para as apresentar uma a uma… E brevemente haverá visitas ao Porto e Coimbra… E outros pontos do país, que assim se faz um fim-de-semana fora, come-se bem e trazem-se uns discos… Falando de discos em concreto para breve haverá textos sobre a caixa (magnífica) que recuperou Movement dos New Order e as reedições de parte da discografia de Janet Jackson (Control é um clássico!).


pub

Últimos da categoria: Curtas

RBTV

Últimos artigos