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Texto: ReB Team
Fotografia: Marco Tinari
Publicado a: 30/06/2025

Uma viagem sonora entre tradição e vanguarda.

Noites de Verão’25 promove concertos de WaqWaq Kingdom, Vaiapraia ou Limpe Fuchs em Lisboa

Texto: ReB Team
Fotografia: Marco Tinari
Publicado a: 30/06/2025

Em Julho, as Noites de Verão voltam a transformar Lisboa num palco de experiências sonoras que desafiam fronteiras entre o ancestral e o experimental. O ciclo curado pela Filho Único arranca já esta quinta-feira, dia 3, e tem o seu último momento marcado para o dia 25, ocupando diversos espaços da cidade no processo.

A noite inaugural do cartaz (dia 3 de Julho, no Pátio da Cisterna da FBAUL) é um evento triplo que junta a performance da cantora guineense Djilam Turé aos DJ sets de Lizatron e DJ Sotofett. Em seguida há Encontros de Música Nova (4 de Julho, Jardim da Quadrum), onde o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa se une a Calhau!, usof, Mariana Dionísio e Niagara para celebrar o espírito autodidata e vanguardista do co-fundador do GMCL, Jorge Peixinho. Dia 10 de Julho, o terraço do Museu Nacional de Arte Contemporânea recebe o trio I’A’V, formado por Inês Malheiro, Arianna Casellas e Violeta Azevedo, que aqui tecem um “poema volátil” onde electrónica, violoncelo e flauta se entrelaçam em narrativas líricas e pós-humanas, num diálogo entre o etéreo e o visceral.

A lendária Limpe Fuchs (11 de Julho, no Jardim da Galeria Quadrum) traz esculturas sonoras e improvisações que remontam ao krautrock, numa performance que desafia a separação entre som e espaço. Alternando entre footwork, dub e techno, o caldeirão sonoro dos WaqWaq Kingdom, onde boburlha uma poção que chamam de “tribal bass”, vai fazer-se sentir no Pátio da Cisterna da FBAUL, dia 17 de Julho. A programação também honra raízes culturais profundas, como demonstra a actuação de Maalem Houssam Guinia (18 de Julho, Jardim da Galeria Quadrum), herdeiro da tradição Gnawa, cujo guembri ecoa histórias de resistência e transe espiritual.

Em contraste ao nível da linguagem musical, mas igualmente disruptivos, estão os últimos dois actos deste ciclo. A energia crua de Vaiapraia manifesta-se a 24 de Julho no Pátio da Cisterna da FBAUL, ele que recentemente lançou o álbum Alegria Terminal, feito de uma mistura que leva rock, percussão frenética e letras que espreitam o absurdo do quotidiano, que passou em revista por cá através de uma entrevista com o seu autor. Tudo termina ao som da abordagem colaborativa dos Good Sad Happy Bad (25 de Julho, no  Jardim da Galeria Quadrum), que no álbum All Kinds of Days (2024) exploram temáticas de luto e cura através de letras introspectivas e improvisações instrumentais.

No total, são 11 as datas assinaladas no roteiro desta iniciativa da Filho Único. A programação completa pode ser consultada aqui.


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