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Publicado a: 22/02/2016

Nerve: “Se criar um projecto de grunge vai chamar-se ‘Nervana’”

Publicado a: 22/02/2016

[FOTOS] Chikolaev

A vida vai prestando para Nerve, dizemos nós. Ele, certamente, refuta esta afirmação. Mas o seu último disco, lançado em Setembro com o selo da Mano a Mano, continua a crescer nos ouvidos do público que parece andar curioso para ouvir ao vivo ‘Trabalho & Conhaque’ ou ‘a Vida Não Presta & Ninguém Merece a Tua Confiança’. Depois de algumas salas esgotadas a Norte e a Sul, Nerve regressa aos palcos em Lisboa na próxima sexta-feira e no sábado – 26 e 27 de Fevereiro – para dois concertos no Lusitano Clube.

A propósito destes dois espectáculos, a redacção do Rimas e Batidas reuniu-se, pensou, debateu e congeminou uma bateria de “perguntas difíceis” ao rapper. A ideia era medir-lhe a pulsação na semana que antecede mais uma subida ao palco. Se calhar, porque tem outras coisas muito mais importantes em que pensar, Nerve não vacilou nem um pouco e, de forma calma, fria e altiva, respondeu a todas as nossas inquietações.

É verdade que a tua primeira digressão pelos Estados Unidos vai chamar-se “Cai Nerve Em Nova Iorque”?
Não sei, mas se criar um projecto de grunge vai, sem dúvida, chamar-se “Nervana”.

Ficavas fechado sozinho numa casa um mês com o Serge Gainsbourg ou com o Andy Kaufman?
Não. Não gosto de reality shows.

Quantas vezes por dia olhas para o relógio?
Varia. Se estiver onde não quero, muitas vezes.

Os monólogos que tens durante os concertos são pensados ou é realmente o que te passa pela cabeça naquele momento?
É tudo uma grande mentira.

Onde foste buscar inspiração para as gargalhadas maléficas que soltas em quase todas as faixas do disco?
Não sei precisar. Há muita espontaneidade nas vozes de fundo.

O que é que realmente te mexe com o nervo?
As pessoas no geral, durante a hora de ponta.

Acreditas na psicanálise?
Acredito que é uma área que deve ser explorada, só.

Quem vês quando te olhas ao espelho?
Tony Montana.

Como começa o próximo tema que vais gravar?
“Eu acho que tenho uma vida dupla.”

Com quem é que nunca aceitarias gravar um dueto?
Tanta gente. A pergunta é com quem aceitaria.


 

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