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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 01/01/2021

O elusivo artista deixa um legado inqualificável.

Morreu o lendário rapper e produtor MF DOOM

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 01/01/2021

A notícia (com uma mensagem da sua mulher Jasmine) aterrou ontem, o último dia de 2020, nas redes sociais: MF DOOM, o homem da máscara mais reconhecível do universo hip hop, morrera no dia 31 de Outubro. Tinha 49 anos e ainda não se sabem as causas da morte.

“Daniel Dumile, nascido em Londres mas criado em Long Island, atravessou um percurso curioso e idiossincrático, marcado pela tragédia e a subsequente reinvenção: dois anos depois de lançar, com os K.M.D., em 1991, Mr. Hood, um álbum afiliado com a Daisy Age dos De La Soul e o seu 3 Feet High and Rising, perdeu o seu irmão mais novo, DJ Subroc, num acidente de viação. A tragédia mergulhou-o na depressão, e num estado de espírito sombrio e violento, e Dumile canalizou essas energias negativas num segundo álbum militante e agressivo, Black Bastards, cuja capa — que mostrava um cartoon afro-americano numa forca — e letras de gosto discutível (e uma agenda política clara) foram rejeitados pela Elektra, a sua editora de então”, escrevia-se na crítica publicada em Março de 2018 ao clássico Madvillainy.

No mesmo texto, explicou-se ainda a origem do seu alter-ego mais conhecido: “Para melhor digerir e lidar com todo este infortúnio, DOOM, na altura Zev Love X, fugiu, refugiou-se no submundo, e saiu de lá com uma nova identidade (uma de várias que inventaria para si mesmo nos anos seguintes), inspirada no universo das bandas desenhadas de que tanto gostava: MF DOOM (assim mesmo, tudo em maiúsculas, como faz questão de nos alertar em ‘All Caps’), baseado no Dr. Doom do Quarteto Fantástico, super-herói (ou super-vilão) de máscara metálica, a criação de um alter-ego mascarado como gesto de catarse e reinvenção. O resultado foi Operation: Doomsday, álbum de estreia de 1999 que captou a atenção de amantes do hip hop underground, e foi imediatamente aclamada como obra de culto.”

Take Me To Your Leader, Mm.. Food, Born Like This e a série instrumental Special Herbs foram alguns dos seus lançamentos a solo, deixando, para além do trabalho com Madlib, projectos colaborativos com Danger Mouse, Jneiro Jarel, Bishop Nehru e Czarface. Recentemente, ouvimo-lo em “Lunch Break” e “The Chocolate Conquistadors“.

O mundo da música reagiu em peso com nomes como El-P, Joey Bada$$, Phonte, Playboi Carti, Sango ou 9th Wonder a partilharem a sua mensagem de respeito pelo artista:

https://twitter.com/JayElectronica/status/1344760434218426371
https://twitter.com/9thwonder/status/1344764076795305986
https://twitter.com/SangoBeats/status/1344845930584006656
https://twitter.com/montebooker/status/1344773722633170944
https://twitter.com/kennybeats/status/1344769753441734657
https://twitter.com/therealelp/status/1344759561245351939

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