Foi durante esta madrugada que a notícia começou a circular: Coolio, rapper americano que marcou a década de 90, morrera em Los Angeles. Tinha 59 anos. Ainda não está confirmada a causa da morte, mas, segundo o seu manager, Jarez Posey, o músico estava na casa de um amigo e teve um ataque cardíaco.
Depois de fazer parte da Sound Master Crew, o seu primeiro colectivo, e dos Nu-Skool, o segundo grupo de rap que integrou, a estreia em álbum (Ain’t A Damn Thang Changed) chegou com WC & The Maad Circle em 1991. Três anos depois, Artis Leon Ivey Jr. lançava-se a solo com It Takes a Thief, um longa-duração editado pela Tommy Boy Records e que já era considerado um clássico pela revista The Source ainda antes de chegar às lojas — só Illmatic recebeu semelhante honra. Esse trabalho (que tinha “Fantastic Voyage” e “County Line”) daria início à sua caminhada gloriosa pelos anos 90, tornando-se figura de proa do rap mais comercial com uma caneta que nunca perdeu as suas bases underground.
Em 1995, “Gangsta’s Paradise” (incluído num álbum com o mesmo nome que teve mais dois singles: “1, 2, 3, 4 (Sumpin’ New)” e “Too Hot”) sai e as rimas e batidas passam a ser apenas a forma: o apelo era claramente pop e esse tema em particular (com um dos melhores primeiros versos de sempre) tornar-se-ia maior do que o próprio Coolio — as platinas e os prémios seriam uma consequência disso mesmo. No ano seguinte, e antes de lançar o seu último álbum pela Tommy Boy, My Soul, em 1997, continuaria a fazer a ponte entre os diferentes mundos: tanto o apanharíamos na música de abertura do programa Kenan & Kel como a ser a única participação em “Drama“, faixa do disco assinado por Ras Kass.